Martim Vicente: “A música é bela para as pessoas e toca-as de uma forma diferente”

Martim Vicente ficou em segundo lugar na quarta edição do Ídolos, o programa “caça-talentos” da SIC. Caracterizado por uma grande sensibilidade e um forte sentido musical, Martim destacou-se e deu cartas principalmente no que à música portuguesa diz respeito.

Tive a oportunidade de fazer algumas questões ao autor e intérprete da música País dos Licenciados, que me falou da sua participação no Ídolos, dos seus projetos futuros e do papel que a música tem na sua vida.

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O que é que a tua participação no Ídolos (2010) te trouxe de benéfico enquanto músico?

Muitas coisas em diversas áreas. Em primeiro foi um concurso que exigiu que eu me descobrisse melhor em termos musicais (o que se identifica comigo, o que realmente gosto de cantar etc) e o aprender a lidar com o stress e a pressão também foi uma grande mais valia.

“Tens de facto uma enorme sensibilidade e um sentido musical que se traduz nessa sensibilidade.” (Laurent Filipe, 3ª Gala). Quando é que descobriste o teu talento musical e essa sensibilidade de que o jurado do Ídolos falava?

Quando somos pequenos e começamos a gostar muito de algo as pessoas à nossa volta gostam de explorar as nossas paixões. E eu graças a Deus fui muito estimulado a ouvir, reproduzir e criar. Sempre me deram esse espaço. Então desde pequeno que era feliz na música e sonhava com poder fazer isto para o resto da minha vida.

Porque é que para ti a música é a linguagem mais bonita que existe?

Porque existem diversas formas de comunicar: falar, olhar, gesticular, argumentar, tocar. Mas a música tem demonstrado ao longo dos séculos que além de ter um caráter muitas vezes intemporal, serve de veículo para chegar às pessoas em todo o mundo e quase me atrevo a dizer que roça a perfeição daquilo a que costumamos adjectivar de belo. A música é bela para as pessoas e toca-as de uma forma diferente, mas toca todos.

O que tens feito após a tua participação na quarta edição do Ídolos?

Além do trabalho de concertos e espectáculos estive nos últimos três anos a gravar um disco. Que espero poder lançar já em Outubro.

Que mensagem pretendes passar com a música “País dos Licenciados”?

Não posso afirmar que pretendo passar uma mensagem. É mais descritivo e reflexivo do que propriamente interventivo. O País dos Licenciados é o país em que vivemos mas do qual fazemos parte e no qual temos de reflectir que tipo de estudantes e licenciados queremos ser, o que pretendemos fazer por nós e pelo nosso país.

Estudaste Sociologia e demonstraste viver e participar intensamente na vida académica. Tendo em conta que essa é uma parte importante da tua vida, pensas conciliar a área da Sociologia e a Música, ou queres focar-te apenas numa delas?

Já finalizei o meu curso há 4 anos. E apesar de ter aprendido muito com a Sociologia, a música é o meu grande objectivo e paixão, e é nela que tenho trabalhado ao longo destes últimos anos.

O que levas de melhor de toda a experiência que viveste durante e depois do Ídolos?

As amizades que fiz sem dúvida.

“Dou-te um conselho: canta em português.” Pretendes seguir o conselho que o jurado Manuel Moura dos Santos te deu na final do Ídolos?

Estou a seguir, nunca pus hipótese de outra coisa.

Quais são os teus projetos futuros em termos musicais?

Lançar o meu álbum, continuar a compor e a escrever para que a minha música possa chegar às pessoas, tocar-lhes, e ser algo especial para a tal beleza de que tinha já falado.

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Por Joana Veríssimo, aluna de Jornalismo da UC