Doentes e pessoal médico aplaudiram Marcelo Rebelo de Sousa quando chegou ao átrio do hospital antes de fazer uma declaração.O Presidente da República começou por deixar palavras de agradecimento à equipa médica, ao centro hospitalar e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Foi inexcedível” o apoio, o acolhimento e a forma como foi tratado. Nesta breve intervenção também deixou ainda “uma palavra especial” para os que estão internados, salientando que com alguns deles “privou neste último dia do ano”.
“Merecem uma palavra especial os que estão internados em unidades hospitalares ou semelhantes ou os que estão doentes em casa. Portanto, o meu pensamento está com eles e desejo umas entradas melhores do que as saídas”, afirmou aos jornalistas.
O Presidente manifestou-se “feliz por ter feito uma escolha” que foi a de fazer a sua intervenção cirúrgica no SNS, “onde era natural que fosse”.
“Com todos os altos e baixos, o que tem de bom e o que tem de mau, o SNS é uma conquista da democracia portuguesa muito importante e eu desejo as maiores felicidades agora, neste começo de ano em que vai ter, como é todos os anos, um surto de gripe para enfrentar e certamente enfrentará bem”, afirmou.
Foi operado de urgência na quinta-feira a uma hérnia umbilical. A cirurgia decorreu no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Apesar de internado, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou na quinta-feira à noite quatro diplomas a partir do hospital Curry Cabral, em Lisboa.
Decisão até 11 de Janeiro
Sem ser questionado sobre o tema e para não o “incomodarem” nas próximas 48 horas, o Presidente lembrou que decidirá sobre a lei de financiamento dos partidos quando entender.
“No dia 22 chegou diploma, no dia 26 para 27 verifique que era uma lei orgânica e por isso teria de esperar oito dias sem promulgar nem vetar para permitir que outras entidades se quisessem o poder levar ao Constitucional. Terminou o prazo. Eu também podia ter pedido a fiscalização ao Tribunal Constitucional, mas entendo que não o devia fazer e tenho até ao dia 11. Hoje é domingo, amanhã é feriado e nos dias úteis que se seguirão, decidirei se promulgo ou envio uma mensagem à Assembleia da República a explicar o veto”, disse à saída do hospital Curry Cabral.
O Presidente vai fazer a habitual Mensagem de Ano Novo da sua casa em Cascais, às 20h00.
rr
foto: José Sena Goulão / Lusa