Foi uma espécie de aula no Politécnico de Castelo Branco: Marcelo falou do Futuro de Portugal.
Marcelo ainda não o tinha dito em plena campanha. Os amigos “que ficam desagradados” que lhe perdoem mas, se for eleito, ele vai fazer tudo para evitar crises políticas. E isso começa por “fazer os possíveis e os impossíveis para aprovar o Orçamento de Estado”.
O candidato aproveitou uma conferência no Politécnico de Castelo Branco sobre o futuro de Portugal para responder a algumas dúvidas sobre o que fará se for eleito. Não se compromete sobre um eventual segundo mandato – Marcelo chegou a sinalizar que só faria um mas agora diz que seria prematuro comprometer-se. E avisa que não contêm com ele para dar gás a crises.
“Até admitem a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas. Isso aproveita a quem?”, perguntou, avisando que somar crise política em cima de crise económica e depois de se ter saído de outra crise política “teria um peso brutal para o país”.
“Foi pesado o que se passou (o PSD ganhar as eleições e perder o poder)? Foi. É complicado ficar na oposição? É”, afirmou do lato da sua experiência de quem liderou o PSD na oposição durante três anos. Mas “o papel do próximo Presidente da República não é criar ruído ou contribuir para situações difíceis. E não há aqui nenhum cálculo tático ou estratégico. Apenas temos que ter uma grande frieza”.
O Politécnico encheu para o ouvir. E Marcelo, é indisfarçável, adora ser professor e sente-se naquele contexto como peixe na água. Sobre o magistério de influência que se propõe fazer a partir de Belém, diz que será “mais de forma discreta e anos bastidores do que na praça pública”, e que descobrirá “novas formas de proximidade com os cidadãos, sem dia nem hora marcados”. “É quando for necessário”, e com “muita paciência”.
Fonte: expresso