Marcelo não fará “candidatura escondida” nem “despedidas grandiosas”

Marcelo Rebelo de Sousa, que completa dois anos como Presidente da República, prometeu não utilizar o cargo para uma “candidatura escondida”, caso decida recandidatar-se, e afirmou-se também contra “despedidas grandiosas”.

Em resposta a questões da comunicação social, durante uma cerimónia em que assinalou dois anos de mandato, na Sala de Jantar do Palácio de Belém, o chefe de Estado reiterou que no verão de 2020 tomará uma decisão sobre uma eventual recandidatura.

“Naquela altura, penso que estamos no termo do prazo para haver uma decisão, porque a partir desse momento, tomada uma posição, de duas, uma: ou eu serei candidato, então tenho de me portar como candidato, não vou utilizar o cargo de Presidente para fazer candidatura escondida, que é uma forma de desigualdade em relação aos outros candidatos; ou não sou candidato”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que não é “favorável a despedidas grandiosas no termo dos mandatos” e defendeu que, “pelo contrário, deve haver um apagamento progressivo para deixar o palco aos candidatos e ao futuro Presidente”.

“Tem de ser com uma certa distância, tem de ser no momento em que eu anuncio a data das eleições presidenciais, que são em janeiro [de 2021] – portanto, significa, o mais tardar no fim do verão”, completou.

O ex-comentador político e professor universitário de Direito voltou a dizer que se candidatou às presidenciais de 24 de janeiro de 2016 por sentimento de dever e que decidirá candidatar-se a um segundo mandato se, no verão de 2020, entender que esse dever se mantém.

“Se entender que não, que naquele contexto preciso há quem cumpra melhor essa missão, então, naturalmente, não há razão para a recandidatura”, expôs.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “é uma avaliação que tem de ser feita olhando para como é que está o país económica e socialmente naquele momento, como é que está politicamente, como é que está a Europa, como é que está o mundo, o que é que isso significa nos nossos anos seguintes”.

 

Fonte: Lusa