Mais de 100 concelhos de 13 distritos de Portugal continental apresentam hoje risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em risco máximo de incêndio estão hoje mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Leiria, Aveiro, Porto, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Coimbra, Guarda, Braga, Viseu e Bragança.
O IPMA colocou ainda vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em risco muito elevado e elevado de incêndio.
Por causa do risco agravado de incêndio causado pelo calor previsto para os próximos dias, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) decretou na quinta-feira o alerta vermelho para 10 distritos de Portugal.
Os 10 distritos são Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu.
Em conferência de imprensa realizada na sede da ANEPC, em Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, a segundo comandante Patrícia Gaspar alertou para um “cenário sério e complexo” que se irá verificar nas próximas 48 horas devido às condições meteorológicas, o qual pode potenciar a ocorrência de incêndios florestais.
“Estão proibidas todas as queimas e queimadas nos distritos visados por este alerta, está proibido o fogo de artifício, está proibido também determinado tipo de trabalhos agrícolas, sobretudo, obviamente, nas zonas rurais, nas zonas florestais”, lembrou esta operacional, que apela aos portugueses para que respeitem estas restrições.
“É fundamental que todos os portugueses observem estas restrições, que adequem os seus comportamentos ao quadro meteorológico que vamos ter em vigor nestas próximas 48 horas e que pode ser efetivamente complexo para aquilo que diz respeito às ocorrências de incêndios rurais”, acrescentou Patrícia Gaspar.
Também o Governo decidiu declarar a situação de alerta em Portugal continental entre as 00:01 de sexta-feira e as 23:59 de sábado, devido ao “agravamento do risco de incêndio” decorrente do estado do tempo.
A decisão foi tomada por despacho conjunto dos ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que anunciaram a medida em comunicado.
Com esta situação de alerta passam a estar em vigor “medidas bastante restritivas relativamente ao uso do fogo”.
Lusa