Mais 30 vigilantes da natureza devem estar no terreno no 2.º semestre

O grupo de 30 novos vigilantes da natureza, que deverão estar no terreno no segundo semestre, vão reforçar a atividade na Serra da Estrela, Gerês, Tejo Internacional, Douro Internacional e Alentejo, disse hoje fonte do Governo.

A secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza referiu à agência Lusa que a expectativa é que, “durante o segundo semestre deste ano já possam estar no terreno” os 30 novos vigilantes, e passar a ter mais “50 operacionais vigilantes da natureza no terreno, devidamente equipados”, avançou a governante.

Com estes 30 vigilantes da natureza será reforçado o número destes profissionais na Serra da Estrela e no Gerês assim como no Tejo Internacional e no Douro Internacional e também no Alentejo.

Estas são as áreas que o Governo considerava “mais críticas e está a dar-lhes prioridade na afetação de recursos”, acrescentou.

Célia Ramos falava depois de ter participado no XXI Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza e XV Jornadas Técnicas, que decorrem até domingo, em Cascais, no distrito de Lisboa, numa sessão que marcou o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, hoje assinalado.

Atualmente estão abertos os concursos para aquele grupo de mais 30 vigilantes da natureza, tendo havido “um número muito significativo de concorrentes que ascenderam aos mil”, especificou a secretária de Estado.

No final de 2017, foram admitidos 20 vigilantes para os quadros do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), profissionais que terminaram já a sua formação teórica e vão agora iniciar a formação em contexto de trabalho.

Na altura em que os primeiros 20 profissionais terminaram a sua formação em sala, foram entregues 16 novas viaturas, dez equipadas para as funções de vigilância e seis para transporte de animais e Célia Ramos salientou que estão em processo de aquisição mais 15 viaturas.

No Orçamento do Estado (OE) deste ano estão também previstos concursos para mais 25 vigilantes, sendo objetivo do Governo que em 2019 fiquem definidos mais 25.

“Quer dizer que, durante este mandato, o nosso objetivo é dotar o ICNF dos meios de vigilância da natureza, mais equipamento que, praticamente, duplica o número de efetivos existente no ano em que cá [ao Governo] chegámos”, resumiu a secretária de Estado.

Tendo já em conta os novos 20 vigilantes da natureza, atualmente existem 137 profissionais.

Segundo Célia Ramos, os novos 20 vigilantes “vieram colmatar falhas imensas no Douro Internacional, no Tejo Internacional, e também no Alentejo”, região que, de um, passa a cinco profissionais.

“Tentamos distribuir os efetivos e, por exemplo, na Costa da Caparica duplicamos”, de dois para quatro, os vigilantes, acrescentou.

A falta de vigilantes da natureza é um dos temas em debate no encontro nacional destes profissionais.

Na quinta-feira, o presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, Francisco Correia, defendeu que o número destes profissionais devia ser 800, dos quais 600 em Portugal continental, e são menos de 250 o que, aliado à falta de meios, dificulta o seu trabalho de prevenção e conservação.

Lusa