Londres, Roma, Berlim e Madrid analisam ameaça terrorista

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, vai presidir este sábado de manhã a uma reunião de crise, na sequência dos atentados de Paris.

“Vou presidir a uma reunião da comissão COBRA esta manhã depois dos terríveis e repugnantes atentados terroristas em Paris”, declarou Cameron na conta da rede sociail Twitter.

O governo de Itália, por seu lado, decidiu aumentar o nível de alerta no país e convocou uma reunião de emergência da comissão de ordem e segurança pública, presidido pelo primeiro-ministro, Matteo Rinzi.

O aumento dos controlos de segurança vai afetar sobretudo Roma e Milão e o nível de alerta máximo vai afetar todo o território, informou o ministério do Interior italiano.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, convocou uma reunião ministerial de crise e prometeu “fazer tudo” para ajudar a França no “combate contra estes terroristas”.

“Vou reunir-me durante o dia com os ministros para analisar o desenvolvimento da situação em França e de todas as questões relacionadas”, declarou Merkel.

“Vamos fazer tudo para ajudar a combater os autores e os instigadores (destes atentados) e para combater em estes terroristas” ao lado da França, disse, sublinhando que Berlim está “em contacto direto” com o governo francês.

A chanceler sublinhou que “este atentado contra a liberdade não visa apenas Paris: visa todos e atinge todos”.

O presidente do governo de Espanha, Mariano Rajoy, vai presidir esta manhã, no palácio da Moncloa, uma reunião do conselho de segurança nacional para analisar a situação depois dos atentados de Paris.

Está a decorrer ainda a reunião da comissão de avaliação da ameaça terrorista para analisar a necessidade, ou não, de elevar o atual nível de alerta antiterrorista, disseram fontes do ministério do Interior espanhol.

Pelo menos 127 pessoas morreram e 180 ficaram feridas, 80 dos quais em estado crítico, em diversos atentados em Paris, na sexta-feira à noite, disseram fontes policiais francesas.

Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo as mesmas fontes.

Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

Fonte JN