Livro premiado de António Canteiro foi apresentado na Biblioteca Municipal de Cantanhede

“O Silêncio Solar das Manhãs”, livro de António Canteiro e Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama em 2013, teve apresentação editorial na Biblioteca Municipal de Cantanhede a 18 de abril. Na mesa de honra esteve também o vereador da Cultura, Pedro Cardoso, que perante uma assistência que incluía muitos amigos e admiradores deste escritor natural do concelho, enfatizou «o valor da já significativa obra de António Canteiro», sublinhando «o reconhecimento que os seus livros têm obtido, quer da crítica, quer da parte júris dos importantes prémios literários em que têm sido distinguidos». Segundo Pedro Cardoso «as entidades com responsabilidades na área da cultura têm o dever de honrar o trabalho daqueles que se distinguem nessa edificante tarefa de construir o património, como acontece com António Canteiro na proeminente atividade literária que tem vindo a desenvolver». Por sua vez, o escritor agradeceu à Câmara Municipal «todo o apoio que sempre dispensou a tudo o que faço no campo da literatura, como aconteceu mais uma vez com esta sessão» e manifestou a sua gratidão «a várias outras entidades e pessoas que de algum modo têm colaborado comigo em tudo o que se relaciona com esta faceta da minha vida».

A este propósito, uma das colaborações destacadas por António Canteiro foi a do prestigiado escultor Alves André, autor das ilustrações que acompanham os poemas de “O Silêncio Solar das Manhãs” e que estão patentes ao público na Biblioteca Municipal numa exposição inaugurada precisamente no dia da apresentação editorial.

Luís Serrano, investigador da Universidade de Aveiro, onde foi coordenador da programação cultural, e crítico literário fez a apresentação da obra. Durante a apresentação editorial foram decorrendo declamações de poesia e momentos musicados com a participação de Paulo Cavadas, Manuel Ribeiro e Christiana Marques.

O livro tem a chancela da editora Gradiva, que o caracteriza como «uma jóia de grande sensibilidade, ricamente ilustrada pelas aguarelas de Alves André», enquanto O júri do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama apreciou em “O Silêncio Solar das Manhãs” «a sua força de imagens, o domínio metafórico e a experiência de oficina de escrita que demonstra» e a nota da editora Gradiva classifica-o como «uma jóia de grande sensibilidade, ricamente ilustrada pelas aguarelas de Alves André»,

Entretanto, já depois da apresentação editorial do livro na Biblioteca Municipal de Cantanhede, foi tornada pública a atribuição de mais um prémio literário a outra obra de António Canteiro, designadamente “Logo à tarde vai estar frio”, que venceu a 11.ª edição do Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho, na modalidade de prosa de ficção 2014/2015.

Referindo-se ao escritor Matilde Rosa Araújo disse uma vez: «não viverei para saber por presença, mas sei que António Canteiro vai ser, é, um grande escritor. Não escritor porque escreve, mas escritor de raiz, criador raro pelo que sente, olha, pelo poder encantatório, mas real da palavra.»

António Canteiro, pseudónimo de João Carlos da Costa Cruz, nasceu em 1964, em S. Caetano, Cantanhede. Vive atualmente em Febres e é Técnico Superior de Reinserção Social do Estabelecimento Regional Prisional de Aveiro. Desde jovem que colabora em vários jornais e revistas e participa em ações de intervenção social, entre as quais o Projeto Integrado de Intervenção Precoce e Coimbra (O Papel da Família e da Educação na Intervenção Precoce).

Vencedor do Prémio Literário Alves Redol, em 2009, com Ao redor dos Muros recebeu a Menção Honrosa do Prémio Literário Carlos de Oliveira, em 2005, com o romance Parede de Adobo, e nova Menção Honrosa no Prémio de Poesia da Murtosa, em 2009, com a Poesia da Terra e da Água.