“Cicatrizes no corpo e na alma”, de Cândida Proença, teve a sua apresentação editorial na passada semana, em cerimónia que decorreu no auditório da Biblioteca Municipal de Cantanhede, à qual assistiram mais de trinta pessoas. Integraram a mesa de honra, além da autora, Cândida Proença, o vice-presidente da Município de Cantanhede, Pedro Cardoso, e José Ramos, a quem coube a apresentação da obra.
Pedro Cardoso manifestou o seu reconhecimento pela apresentação literária que decorreu em Cantanhede, “facto que honra a nossa biblioteca, espaço privilegiado de Cultura e de Cidadania”, aproveitando para salienta a importância da iniciativa, “porquanto a autora Cândida Proença nos oferece com esta sua publicação, um excelente trabalho literário e filosófico, a par de um valioso testemunho de vida absolutamente notável, de resiliência, de força interior, de uma vontade impressionante, de quem não desiste, perante tantas vicissitudes e adversidades. Uma vida cheia de sentido e coragem de como é possível ser-se feliz e fazer feliz em circunstâncias tão complexas e adversas”, concluiu o autarca.
O docente José Ramos, apresentador da obra e diretor da Nova Acrópole em Coimbra, onde leciona várias disciplinas no âmbito da Filosofia, Antropologia e Simbolismo, também ele escritor, colocou em destaque “a profundidade da escrita de Cândida Proença e o apurado conteúdo filosófico das crónicas de vida” que integram “Cicatrizes no corpo e na alma”, que a autora transpõe depois para a escrita.
A autora mostrou-se “satisfeita com a apresentação literária da obra ter ocorrido na Biblioteca de Cantanhede, espaço onde a Cultura é divulgada de forma exemplar”, apresentando a sua escrita como uma forma de “mitigar a dor e usando o sorriso como arma de combate”, concluiu Cândida Proença
Cândida Proença nasceu em 1972, em Paris. Reside na cidade universitária de Coimbra, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Modernas.
Aos vinte anos é-lhe diagnosticada Esclerose Múltipla, facto que a obriga a andar de cadeira de rodas. Docente por vocação, afirma que nasceu com duas missões: ser mãe e professora. Enfrenta um cancro desde 2018 sem perder a esperança.
Membro da Associação Nova Acrópole de Coimbra, luta pelos direitos dos portadores de mobilidade reduzida, elaborando roteiros turísticos acessíveis nos quais dá a conhecer locais turísticos preparados para receber pessoas com mobilidade reduzida.
Durante os vários confinamentos decorrentes da pandemia da COVID-19 escreveu o livro de crónicas “Cicatrizes no corpo e na alma”, no qual faz reflexões sobre temas atuais e filosóficos e relata, através de analepses, episódios da sua vida.