No edifício da antiga escola da Granja de Ançã
Foi recentemente inaugurada no Centro Comunitário da Granja e Gândara, edifício da antiga Escola Primária da Granja, a exposição de pintura de Liliana Ferreira. Composta por cerca de 30 obras elaboradas nos últimos anos, a mostra da artista plástica natural da Gândara de Ançã, estará patente até ao próximo dia 25 e decorre no âmbito da Semana Cultural de Ançã, dinamizada pela autarquia de freguesia.
Na cerimónia estiveram cerca de meia centena de pessoas, entre as quais Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal, Cláudio Cardoso, presidente da Junta de Freguesia de Ançã, Susana Azevedo, docente que acompanha a artista e Fernando Filipe de Oliveira, presidente da Direção da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC).
Durante a sessão de abertura, entre as várias intervenções, Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal, com o pelouro da Cultura, felicitou “a artista pelos trabalhos e a generosidade de partilhar connosco a sua sensibilidade artística”, sublinhando ainda a importância desta exposição que “para além da dimensão estética, é também um sinal da capacidade de superação da Liliana, que é um exemplo de determinação, já que com coragem, dedicação e persistência, continua a ultrapassar as dificuldades e adversidades, não deixando que as limitações impeçam a concretização dos seus sonhos. A Liliana está a desenhar uma história de vida inspiradora, de luta em demanda desse desejo sempre presente, que todos perseguimos, de ser feliz!”.
Por outro lado, Liliana Ferreira mostrou-se com um misto de sentimentos juntando os “nervos naturais da apresentação da primeira exposição à felicidade de poder partilhar os trabalhos com todas as pessoas”. A artista mostrou-se visivelmente satisfeita por poder apresentar “a mostra na Granja, uma localidade em que passei grande parte da minha infância e muito importante para mim”. A talentosa pintora apresentou a mostra como “uma exposição intimista em que existe um apelo de forma muito marcada à criatividade livre e surpreendentemente num universo muito particular”, concluiu.
A artista que estudou na área da Informática e integra o departamento de Artes Plásticas da Associação de Paralisia Cerebral, inicialmente começou por pintar e desenhar com a mão, dizendo encontrar muitas vezes aí uma espécie de refúgio, mas uma crescente dificuldade em fazê-lo veio alterar a sua abordagem e, de certa forma, levar ao “nascimento” de uma nova personalidade artística. Liliana Ferreira encontrou no recurso às ferramentas digitais, uma alternativa, passando a utilizar a boca para a execução dos trabalhos e os frutos do trabalho árduo e da capacidade de adaptação que foram necessários, aliados ao talento, tiveram tanto de surpreendente como de entusiasmante.
Recorde-se que a exposição está patente ao público até ao próximo dia 25 de julho inclusive, no Centro Comunitário da Granja e Gândara, de segunda-feira a quinta das 17h00 às 20h00, sexta-feira, das 17h00 às 20h00 e das 21h30 às 23h00, e aos fins de semana sexta-feira, das 16h00 às 20h00 e das 21h30 às 23h00. A exceção será no dia 23, data em que este equipamento se encontra encerrado.