O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou várias personalidades da esquerda da autoria moral dos crimes contra o património que têm ocorrido em Portugal, apelidando-os de “ignorantes radicais” e pedindo que sejam julgados.
No discurso da rentrée política, em Mirandela, Trás-os-Montes, o líder centrista nomeou Ascenso Simões, Mamadou Ba e Joacine Catar Moreira como “os autores morais deste tipo de atitudes” que interpela “a iniciar uma batalha cultural com a esquerda, com a extrema esquerda, os amiguinhos com quem o PS fez os seus arranjinhos”.
“Esta extrema esquerda que está nas televisões, tomou conta da academia, está também no parlamento e que nunca teve tanto poder como hoje, quer cancelar a nossa cultura, destruir as nossas tradições e reescrever a nossa história e julgá-la aos olhos do amiguinho urbano, citadino e moderno do século XXI”, afirmou.
Para o presidente do CDS-PP, a extrema esquerda portuguesa “está a imitar estes novos ventos que vêm dos Estados Unidos, que querem ameaçar o nosso património histórico, os nossos antepassados e o legado histórico que recebemos da gerações anteriores”.
Eu acho que está na altura, quando vemos o vandalismo em monumentos nacionais , de julgarmos os autores morais deste tipo de atitudes, que estão sentados nos seus gabinetes, nos seus partidos políticos, nos seus observatórios e dizer-lhes que está na altura de também de serem punidos, serem multados, terem que limpar a consequência da doutrinação que estão a fazer no nosso país e a pagar do seu próprio bolso o restauro do património histórico-nacional”, defendeu.
Francisco Rodrigues dos Santos vincou que aqueles que considera os autores morais destas situações têm nomes e concretizou: ” é Ascenso Simões que tem incitado à destruição do Padrão dos Descobrimentos, é Mamadou Ba que está pago com dinheiro público em comissões de combate ao racismo quando é dos maiores racistas que temos no nosso país, que diz inclusivamente, metaforicamente falando, que é tempo de matarmos o homem branco”.
Entre os nomeados pelo líder do CDS-PP está também Joacine Katar Moreira que, disse Rodrigues dos Santos, “está sentada no parlamento, que lidera estes movimentos anti Portugal, que tem ódio à nossa histórica e que tenta imputar-nos um rótulo que nunca tivemos de racismo estrutural”.
“E eu pergunto-vos o seguinte, todos estes ignorantes radicais, autores morais destes atos de vandalismo, que nunca se lembrará um dia na história de erguer um monumento em sua memória porque todos eles são umas estátuas à ignorância indigente, pergunto-vos o que é que eles disserem e os seus partidos do quese passa no Afeganistão?”, questionou.
O presidente concluiu que ninguém os ouviu sobre o que se passa naquele país, num discurso de mais de 40 minutos em que reiterou que Portugal precisa de virar à direita e que tem como objetivo reforçar o peso eleitoral do CDS-PP nas eleições autárquicas de 26 de setembro.
Um das Câmaras em que o partido aposta é a de Mirandela, onde o CDS-PP já foi poder na década de 1980, mas que agora não tem representação no executivo municipal e apresenta Helena Chéu como candidata à Câmara liderada pela socialista e recandidata Júlia Rodrigues.
Na rentrée política, o líder do partido anunciou que o CDS “elegeu a família e a promoção da natalidade como prioridade para o próximo Orçamento do Estado” e que vai propor um conjunto de medidas nesse sentido.
Entre as propostas enumeradas estão o alargamento exponencial da rede de oferta de creches e de pré-escolar, benefícios fiscais para as famílias com mais de dois filhos e estimular as empresas para que adotem medidas de apoio à família através da atribuição dos selo “empresa amiga da família”.
Lusa