Marco Silva, João Martins e Tiago Antunes. Estes são os nomes do trio de arbitragem que calhou “em sorte” (ou será “em azar”?) no encontro recheado de rivalidade e importância, entre o Touring e a U.D. Tocha, em Mira, neste domingo.
Os homens que vestiam de amarelo, e eram três, fizeram lembrar um antigo presidente do Sporting que definia com a palavra “sistema” algo que não conseguia simplesmente “definir”, passe a redundância.
Num jogo primordial para duas equipas aflitas e que lutam com “unhas e dentes” para não descer de divisão, a arbitragem deste domingo, inverteu por completo a classificação de ambas.
É certo que falhar um penalty não abona em nada quem tanto precisa de pontos. É certo que acontecem erros primários devido ao nervosismo colocado em campo, mas o Touring pode queixar-se, para além de si próprio, de um trio que errou em demasia, e muito mais contra o lado da casa.
Faltas em excesso da equipa forasteira. Critérios inacreditáveis na amostragem dos cartões amarelos, onde “a mesma falta” era punida de um lado e não do outro. E, com um agravante de acontecerem 3 penaltys a favor da equipa caseira, claríssimos, e só um ter sido assinalado (por acaso, era o “menos claro” de todos).
Engana-se quem pensa que os erros pararam por aqui: o segundo golo da U.D. Tocha foi marcado na sequência de uma falta claríssima sobre Wallace, o defesa central do Touring, que não foi assinalada por um fiscal de linha que estava… a um metro do lance…
Se não bastasse tudo isso, o quadro, para ser mais complexo só necessitava de expulsões, e foram três (todas para o Touring).
Agora a equipa praiana vai a Coimbra enfrentar a Académica B, depois receberá o candidato União de Gavinhos vice-lider) e, de seguida, irá novamente a Coimbra, enfrentar a Académica SF, a atual líder da competição. Com tantos desfalques, João Facão terá de “tirar leite das pedras” nos próximos tempos, para que sua equipa renasça das cinzas deste encontro, e assegure a manutenção. É que o resultado de 1×2 deste domingo, para além de enganador do que se passou em campo, ainda remeteu o Touring para baixo da linha de água, novamente…
Nada está perdido, nem definido. Mas,dava imenso jeito que o tal “sistema” fosse exorcizado. Isso, o tal “sistema” realmente parece ser algo impossível de se definir… como foi o que se passou hoje, no Estádio Municipal de Mira. As dificuldades de um clube pequeno são enormes. E, não é preciso que tantos erros aumentem ainda mais a carga de trabalho de homens tão valorosos.
Ambas as equipas foram dignas do encontro. Ambas deram tudo por tudo. Ambas “fizeram pela vida”. E, ambas, mereciam uma terceira equipa à altura dos acontecimentos…