Legislativas França: coligação de Macron perde maioria absoluta, além de uma derrota “são más notícias”

O Presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu a maioria dos lugares no Parlamento mas perdeu a maioria absoluta.

De acordo com as projeções à boca das urnas, a coligação Ensemble!, de Emmanuel Macron, manteve parte considerável dos lugares no Parlamento mas perdeu a maioria absoluta, referem as primeiras projeções que também confirmam uma forte subida da extrema-direita.

A coligação de Macron deverá arrecadar entre 200 a 250 lugares – longe dos 289 necessários para a maioria absoluta no Parlamento. Já a coligação de Mélenchon conquistará entre 150 a 200 deputados e a extrema-direita, de Le Pen, mais de 80.

Numa primeira reação a estes dados, o eurodeputado Paulo Rangel reconheceu, na antena da SIC, que “são más notícias” e “uma grande derrota para Macron”, até porque é desde já “um dado adquirido” que ao fim de 20 anos o Presidente francês “não tem uma maioria presidencial consigo no Parlamento”.

Os eleitores franceses deslocaram-se este domingo às urnas para votar na segunda volta das eleições legislativas e, sem surpresa, este escrutínio, o quarto em dois meses após as presidenciais, registou uma taxa de abstenção situada entre os 53,5% e os 54%, mas sem atingir o recorde da segunda volta presidencial de 2017 (57,36%). O valor é superior ao registado na primeira volta, no domingo passado.

repartição definitiva dos 577 lugares do Parlamento apenas deverá ser conhecida no final da noite.

OS RESULTADOS DA 1.ª VOLTA

De acordo com os resultados finais da primeira volta, divulgados a 13 de junho, a coligação Ensemble!, de Emmanuel Macron, obteve 5.857.557 votos (25,75%), seguida de perto pela coligação de esquerda Nova União Popular Ecologista e Social (Nupes), com 5.836.116 votos (25,66%). Significa que apenas 21.441 votos separam as duas coligações.

Segundo os dados do Ministério do Interior de França, em terceiro lugar ficou a União Nacional, de Marine Le Pen, extrema-direita, com 4.248.600 votos (18,68%).

SIC Notícias