Artigo de opinião, escrito por Manuel Conceição, militante da JS, onde reflete sobre políticas para a juventude, sob o título: “Acordar a geração: Um problema ou uma solução?” O Jovem Mirense, natural dos Carapelhos, lamenta a inércia do executivo e promete que os jovens da Juventude Socialista “estarão atentos, próximos e interventivos.”
“Acordar a geração: problema ou solução?”
Sempre me questionei se o medo residia no problema que nós trazíamos ou na solução que podíamos dar. É certo que alguns de nós estão adormecidos (ou desacreditados?) de tudo o que rodeia a política: decisores, órgãos e instituições. Terão razão nalguns aspetos, noutros nem tanto, mas deveríamos todos ser estimulados e é aqui que o Executivo Municipal tem uma enorme responsabilidade.
No passado dia 12 de agosto, a propósito da celebração do Dia Internacional da Juventude, estabeleci a meta da criação do Conselho Municipal da Juventude como um primeiro passo na implementação de uma estratégia para a geração jovem. Seis meses volvidos deram-se alguns passos importantes nesta matéria, mas ainda sem resultados práticos.
Note, caro leitor, que esta foi a primeira medida e única, até ao momento, em mais de oito anos deste executivo, para assegurar e defender os interesses dos Jovens de Mira. Se o executivo do PSD/PPD fosse a exame nesta matéria – não tenhamos dúvidas – reprovaria e por falta de comparência.
O Dr. Raúl Almeida, no seu manifesto eleitoral, datado de 2013, destacou três compromissos com os Mirenses, sendo o último com “as gentes jovens”. Neste capítulo defendia uma mudança no rumo do Concelho, impulsionado pelo investimento privado com o objetivo de criar emprego qualificado. Não conseguiu, como todos sabemos, e quando teve oportunidade para o fazer, não o fez. (Um bom exemplo disso foi a decisão que tomou ao não aderir de forma eficaz, em 2016 e 2020, aos PEPAL – Programa de Estágios Profissionais das Autarquias Locais – financiadas pelo governo, que previam a contratação de jovens até aos 30 anos para estagiar na Autarquia).
Senhor Presidente, está na altura de olhar de forma séria, coerente e rigorosa para o futuro do nosso Concelho, honrando os compromissos, por si, assumidos. É essencial estimular a participação cívica, também dos mais novos, aproximando-os das atividades do Concelho. A título de exemplo, a Autarquia de Ovar, em pleno combate à Pandemia, muniu-se dos seus jovens, criando uma bolsa de voluntariado, com o objetivo de os mobilizar a ajudar num momento difícil.
A sinergia Autarquia-Jovens é perfeita (quando existe): a autarquia estimula, os jovens participam e a comunidade agradece.
Para quando Mira no futuro da Juventude?
Manuel Conceição, militante da Juventude Socialista