Pela terceira vez, desde que está preso, José Sócrates “falou para o exterior”.
Na primeira, enviou uma carta ao jornal Público e à rádio TSF, onde criticava a sua detenção, os crimes de que é acusado e as fugas de informação.
Na segunda, terá dito ao telefone ao editor de política do semanário Expresso que “só deixa de ser livre quem perde a dignidade” e que, por essa razão, se sente “mais livre do que nunca”.
Agora, na terceira “mensagem” enviou uma carta à RTP, que terá sido ditada ao seu advogado. Nela, José Sócrates nega ter comprado o apartamento em Paris, confirmando ainda que viveu durante quase dois anos na casa do amigo Carlos Santos Silva, também arguido em prisão preventiva no âmbito da ‘Operação Marquês’.
“No primeiro ano vivi num apartamento arrendado. Depois entre Setembro de 2012 e Junho de 2013, vivi num apartamento que me foi emprestado pelo meu amigo Engº Santos Silva, que o comprou para restaurar, arrendar ou vender, que é a situação atual dele. Saí quando começaram as obras”, escreveu o antigo primeiro-ministro.