Jornada de teatro amador com espetáculos em Febres, Pocariça e Tocha

Promovida pelo Município de Cantanhede, dia 27 de Fevereiro, às 21h30

A terceira jornada do ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede contempla espetáculos em Febres, Pocariça e Tocha, todos no sábado, a partir das 21h30. Em Febres assinala-se a estreia das Pequenas Vozes de Febres na presente edição do certame, desta vez com uma encenação de “A Princesinha”, de Frances Hodgson Burnett. Constituído por crianças e jovens dos 04 aos 14 anos, o grupo cénico apresenta uma peça especialmente dirigida a um público infanto-juvenil baseada na conhecida história de Sara, uma menina rica, inteligente e excecionalmente imaginativa, que é trazida da Índia pelo seu pai para estudar num colégio de elite em Inglaterra. Alvo de invejas por causa da sua posição socioeconómica, Sara vê-se obrigada a passar por grandes privações na sequência de uma tragédia que afeta a sua família, mas consegue preservar a nobreza, orgulho e generosidade, numa postura que a ajuda a mudar o seu destino.

Por seu lado, o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”, de Murtede, volta a subir ao palco no próximo sábado, desta vez na sede da Associação Musical da Pocariça, onde vai apresentar «A nossa encenação”, que estreou “em casa”, perante o seu público, em 21 de Fevereiro. “A Nossa Encenação” pretende mostrar ao público em geral tudo o que envolve a produção, montagem e encenação de uma peça teatral. Trata-se de uma abordagem que desconstrói um espetáculo de teatro onde a ação, contrariamente ao habitual, decorre nos bastidores, remetendo para temas bem atuais, como o preconceito, a discriminação e até episódios de violência doméstica.

Tendo por base um original já apresentado pelo Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” há dezoito anos, o texto foi adaptado para os dias de hoje, procurando retratar um pouco da realidade com que os grupos cénicos de carácter amador se confrontam na sua atividade.

Também a cumprir a sua jornada de itinerância artística vai estar o Cordinha d’Água – Teatro do Rancho Folclórico Os Lavradores de Cordinhã, que se apresentará no salão da Associação Recreativa e Cultural 1.º de Maio, na Tocha, com uma produção de “O Príncipe dos Mares”, da autoria de Manuel Tomé, uma peça sobre o amor de infância entre João, o Príncipe dos Mares, e Inês. O enredo extravasa a dimensão lírica ao evoluir para a disputa e ocupação de terras numa zona piscatória, com uma abordagem que comporta o reconhecimento da importância do mar para a comunidade face à atratividade urbanística e turística que desperta em alguns investidores. A sinopse refere que se trata de “um drama cheio de emoções, suspenso, humor, paixão e ação, numa homenagem aos pescadores e ao verdadeiro Príncipe dos Mares: “O Golfinho”.

Sobre Pequenas Vozes de Febres

O grupo Pequenas Vozes de Febres tem quatro anos de existência. Começou por se chamar Coro Infantil de Febres, alterando o nome em Abril de 2014, altura do seu quarto aniversário. É orientado por Anabela Rocha, principal obreira deste projeto. O grupo é composto por 50 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 4 e os 14 anos. Nasceu a 16 de Março de 2010 e era inicialmente composto por 24 crianças. Em 2012 gravou o seu primeiro CD intitulado “Sonho de Criança”. Neste momento encontra-se a concluir o segundo CD, que será apresentado antes do Natal. Este grupo aposta na música portuguesa e para além da interpretação de canções já fez espetáculos com musicais da Disney.

Conta desde a sua formação com cerca de 75 atuações, dentro e fora do distrito de Coimbra. Este coro está integrado num projeto da Junta de Freguesia de Febres, estando portanto a receber o apoio logístico da mesma, desde o local de ensaios aos aspetos mais burocráticos.

A formação deste coro teve como principal objetivo dar oportunidade a todas as crianças de se desenvolverem a nível musical, longe dos grandes centros urbanos, ajudando-as a adquirirem maior confiança e autoestima e essencialmente aprenderem a trabalhar em grupo, criando o gosto pela prática musical de conjunto.

Depois do sucesso de “Frozen”, esta é a segunda participação das Pequenas Vozes como grupo integrante do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede e ao qual ditaram as sortes que assumisse também a atuação na sessão de encerramento do certame.

Sobre o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede

O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede foi fundado em 2000 por 24 jovens da freguesia. Esta associação juvenil tem atualmente cerca de 80 associados e é filiada no INATEL e no Instituto Português da Juventude.

Da sua atividade no campo das artes cénicas destaca-se a apresentação regular de peças de teatro em produções que têm registado o reconhecimento do público e das entidades que têm apoiado o trabalho do grupo, nomeadamente a Câmara Municipal de Cantanhede, a Junta de Freguesia de Murtede, o INATEL, o Instituto Português da Juventude (IPJ) e a Delegação Regional do Centro do Ministério da Cultura.

Além da sua participação regular em diversos espetáculos de Teatro, desenvolve também outro tipo de ações culturais, com destaque para Danças na Minha Aldeia, encontro com animação em diversas vertentes musicais que se realiza na segunda quinzena de Maio, Concertos de Música Sacra, convívios e iniciativas não só com os seus associados mas também com outros habitantes da comunidade, como é o caso do programa de OTL – Ocupação de Tempos, da responsabilidade do IPJ.

O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede participa também regularmente na EXPOFACIC e desenvolve algumas parcerias na organização de eventos promovidos pela Junta de Freguesia de Murtede e a Câmara Municipal de Cantanhede.

Sobre o Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã

O grupo foi fundado em 19 de Outubro de 1978 por iniciativa do pároco da freguesia chamado Fernando e de um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de Fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório da Secretaria Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa, denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.

Este rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.

Neste momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo juvenil-infantil composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de folclore.

Além das atuações folclóricas também se tem dedicado ao teatro amador, tem participado em cortejos etnográficos do concelho e organizado e participado nas marchas populares.

Integrado nesta associação está o Grupo de Teatro Cordinha d’Água, composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.