Jorge Jesus: «Sou convencido? Sou»

O treinador do Sporting concedeu uma entrevista à SIC Notícias, na qual abordou temas como as prestações nas conferências de imprensa e a temática do treino.

«Já disse algumas vezes que penso que o treinador é um pouco como o jogador, tem que nascer com algum talento. O treino é um pouco a evolução do tempo, mas também um pouco da tua inteligência, da tua criatividade, das tuas ideias, que faz com que consigas estar no top. Ao longo destes anos, acho que tenho trazido algumas coisas diferentes para o futebol», começou por dizer.

«Isolo-me, procuro estar sozinho, porque tenho que pensar naquilo que quero que a equipa apresente. Eu não sou o executante, os executantes são os jogadores, mas eu sou o criador. Não me agarro àqueles livros que vêm com treinos, isso para mim é zero. Todo o trabalho que fiz ao longo dos anos, toda a experiência, acaba por ser uma ciência que eu criei à minha ideia de jogo. Os jogadores podem treinar comigo em seis anos, mas fazem sempre coisas novas».

Conhecido também por algumas polémicas travadas com outros treinadores, o técnico não escondeu que tem em conta o jogo de palavras.

«Gosto de ter mais confrontos intelectuais, em função das ideias de cada um dos meus adversários. Com os jornalistas não. Tenho muitos anos de futebol e de comunicação e sei muitas vezes com que intenção é que as perguntas são feitas. Quando são feitas com uma intenção, eu respondo com essa intenção. Procuro ser o mais sincero possível, mesmo com algumas consequências que me possam prejudicar. Isso de ser politicamente correto… Essa palavra não existe no vocabulário, para mim. Eu sou o que sou e não vou mudar. Sou convencido? Sou. Porquê? Porque o meu trabalho é diferente do dos outros. A sala de imprensa ganha jogos? Não. Tem influência? Tem. Nem que seja um por cento».

Fonte: zerozero