23.1.2023 –
A vida pode mudar de um instante para o outro… e pode acontecer a cada um de nós, o mesmo que aconteceu com João Oliveira.
Foi em 2020 que a vida desse habitante – à época – de Cantanhede, desmoronou-se por conta de um acidente de trabalho. Madeireiro desde 2007, João Oliveira sofreu há cerca de 3 anos um acidente que lhe colocou numa cadeira de rodas, paraplégico da cintura para baixo, e que o impediu de poder continuar a sua vida profissional.
Segundo o próprio contou à reportagem do Jornal Mira Online, foi “na região de Ansião, a cortar árvores com o patrão” que aconteceu o inesperado: foi atingido por uma árvore que estava a ser cortada pelo patrão e que, negligentemente, não o avisou que devia “estar fora do raio de ação da árvore”. Como resultado, ao ser atingido, foi projetado “por três metros, pelo menos!”
João Oliveira conta que, segundo o patrão lhe disse, “por não existir rede móvel no local”, a opção tomada foi a de colocarem-no num carro particular e seguirem, diretamente, para as Urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra, a cerca de 70 kms de distância de onde ocorrera o acidente.
“Chegando às Urgências, acabei por desmaiar e só acordei dois mêses depois, já que fui colocado em coma induzido, devido às mazelas que tinha” conta o malogrado madeireiro. Daí para a frente, a sua vida deu uma volta de 360 graus e, no momento, não tem ideia de como poderá ser revertida a sua situação, bastante complicada. É que, o Tribunal, não conseguindo encontrar a entidade patronal, “por esta não existir mais e não ser encontrado alguém na sede que existia” não consegue notificar o antigo patrão e, como tal, João não consegue receber uma necessária pensão de invalidez, para poder manter-se a si e ao filho menor. Pior ainda, foi ter ficado a saber há poucos dias que a tal pensão de invalidez lhe foi “indeferida em Janeiro de 2022, há um ano, portanto… sem que nunca tivesse sido notificado!”.
João Oliveira está a viver, atualmente, na UCCI de Cantanhede (Santa Casa da Misericórdia) visto que, para completar o quadro bastante negro, vivia num bairro social de Cantanhede à época do acidente e, depois de ter sido liberado do Hospital Rovisco Pais, onde esteve internado em 2020, viu a casa onde morava ter sido uma das que recebeu intervenção até recentemente, tendo sido reabilitada, mas… sem que o seu antigo morador pudesse para lá voltar. O que ele pretende é ver a sua situação resolvida, também neste aspecto, aguardando que a Câmara Municipal possa lhe “dar uma mão, que bem necessito”, confessa.
Como resultado de toda esta triste história de vida, que João Oliveira está tentando reverter com galhardia, solicita “a qualquer pessoa de boa vontade, que perceba a minha situação”, e que lhe possam ser feitos donativos “para as coisas básicas do dia-a-dia e para uma futura e possível, intervenção cirurgica”.
Caso tenha vontade e condições de contribuir para com João Oliveira fica, aqui, o número do NIB para onde poderá, partilhando o valor que puder, contribuir para diminuir o problema deste cidadão:
PT50 0045 3020 4027 0111 41017
Jornal Mira Online