Joana Veríssimo escreve informações e descreve o que vai nos corações…

 

 

 

Filho de peixe, peixinho, é” – diz o (antigo) provérbio. No caso desta crónica é uma filha…

Joana Veríssimo sempre teve, dentro de casa, um exemplo que quis seguir. Seu pai, António Veríssimo, teve por muitos anos um jornal em Mira. Homem interventivo, de múltiplas causas, deixou na filha Joana o bichinho do Jornalismo. Ela, que sempre gostou de escrever (já lá vamos…) entrou para a Universidade de Coimbra no curso de Jornalismo e Comunicação, onde licenciou-se.

 

 

A JORNALISTA

Pessoa que diz possuir um “interior intenso”, Joana Veríssimo mostra isso quase que diariamente, através dos seus escritos que vai publicando nas redes sociais. E, são de tamanha intensidade as suas palavras que acabou por editar um livro que muito em breve será apresentado e estará à venda.

Mas, aí coloca-se a pergunta quase que obrigatória, que o Jornal Mira Online fez a esta simpática e sempre sorridente, mirense: “A Joana sente-se mais uma escritora ou uma Jornalista?”. Engana-se quem pensa que ela pensou muito sobre a resposta: “Sinto-me mais escritora, até porque – em determinada altura do curso – tive dúvidas sobre se era aquilo mesmo que eu queria para mim…”.

São dúvidas legítimas pelas quais quase todas as pessoas passam em determinados momentos da vida. Ela justifica o porquê daqueles tempos de interrogações pessoais: “Mesmo tendo uma base de vida nesta área, elas apareceram. E, tornaram-se ainda maiores quando fui à SIC numa visita de estudo da Faculdade. Adorei aquilo que vi, mas foi mais na área do entretenimento… já na área da redação em si, foi um choque horrível. Quando cheguei a Coimbra liguei à minha mãe à chorar, a dizer que estava tremendamente confusa, sem saber que passo devia dar a seguir!”. O passo em diante foi dado: foi até ao fim do curso, formou-se e agora está a fazer uma espécie de ano sebático. Trabalha, pois claro, mas não na área da comunicação, ainda. “Ainda não tentei esta área, pois sinto alguma insegurança, já que sou extremamente exigente comigo mesma. Não pretendo fugir desta área, mas vou fazendo aqui e ali alguns cursos enquanto estou a trabalhar e penso fazer – talvez – uma pós-graduação, no próximo ano”.

Uma certeza ela tem: Vai seguir a carreira comunicacional, seja em que ramo for…

 A ESCRITORA

Como aqui já foi escrito, Joana Veríssimo vai realizar, dentro em breve, o sonho de ver publicado o seu primeiro livro. “Já existem mais dois, escritos” diz ela.

“Há pesadelos que nos fazem acordar” e o título dado pela autora, à sua primeira obra. Ela, que começou a escrever mini-contos infantis e depois, “mais a sério” na adolescência, acabou por encontrar na escrita, com a perda do avô materno, em 2010, uma forma de “colocar para fora o que andava cá dentro” e tomou o gosto definitivo pela escrita. Daí à conclusão de que estava na hora de arregaçar mangas e ir à luta no sentido de publicar o que escrevia, foi um passo!

Primeiro compilou os textos. Depois, classificou-os em capítulos: “Ao passado”, “Ao meu avô”, “Ao amor”, “Pedras no caminho” e “Cartas a um novo amor” ganharam nomes e tomaram forma definitiva num livro que a escritora classifica de “melancólico”. Certamente, não será a melancolia da tristeza, do desamor, da fuga para dentro de si mesma, mas uma melancolia derivada de experiências boas ou menos boas, de lutas travadas por si própria ou, somente de algo imaginário, saído da cabeça de quem escreve tantas vezes na primeira pessoa do singular.

Garante que nunca se sentirá realizada, totalmente, depois de ter o livro publicado, quando o tiver em mãos. Sentir-se-á mais feliz, por certo, mas como ela mesmo diz, não gosta “de estar agarrada à ideia do que já foi feito” e, por isso, a sensação de que haverá algo novo a fazer, a construir, a escrever, a deitar para fora para que o mundo saiba que tudo continuará em constante evolução e em mudança, se fará sentir…

Garantindo que nunca se arrependeu de nada que fez, nem do que faz: “primeiro ajo, depois penso, mas nunca me arrependo!”, esta jovem escritora coloca nas páginas do seu livro toda a alma, todo o coração, todo o seu querer e os sonhos que podem ser os dela ou de cada um. Naquelas páginas, todos poderemos encontrar um pouco de nós, naquilo que lermos. Esta é a verdadeira essência da escrita pessoal e transmissível… O autor interage com o leitor, entrando nele, permanecendo ali por muito tempo!

É isso o que Joana Veríssimo pretende: mexer com as estruturas de cada um, abalar o íntimo para que depois de sentirmos que a alma está desabada, do meio das nossas trevas, ressurja um ser pensante que seja capaz de enfrentar com outros olhos e o mesmo coração o que a vida ainda nos reserva…

Para maiores informações sobre a autora e o seu livro:

 http://www.facebook.com/jisrv

 

Mira Online