13.1.2024 –
É tímida, simpática, sorridente, fará 16 anos a 26 de Abril e vem de uma família com larga tradição no futebol da Praia de Mira e do Concelho. Eis, Joana Facão, uma jovem em quem são depositadas muitas esperanças na nova geração do futebol feminino português!
Joana Facão é daquelas miúdas a quem o estrelato parece que nunca a afetará. Humilde fora das quatro linhas, é lá dentro que ela se revela e transforma-se numa atletaa sério, daquelas que tem fome de bola e de golos e que não mede esforços para chegar à bola antes de qualquer adversária.
Sob influência familiar, desde os cinco anos de idade ela já vem mostrando que tem uma verdadeira parceria com a bola: onde ela está, a Joana está pronta para dar uns toques e olhar para a baliza!
Assim, foi com naturalidade que o Ala-Arriba chamou-a para praticar “futebol a sério” mas, ali só atuou por três oportunidades, devido à COVID 19 ter transformado a vida da atleta Joana Facão, como a de todos nós.
Mas, perseverança nunca lhe faltou e, tão logo a pandemia deixou de ser algo impeditivo, Joana rumou para a equipa do Calvão e tratou de participar no campeonato sub-15… masculino, visto não existir, naquela altura, uma equipa de futebol feminino no clube.
Cedo mostrou seus dotes de goleadora e, com tamanha personalidade em campo, acabou por receber a braçadeira de capitã, estando presente na, já constituída, equipa feminina. Como resultado, treinava durante cinco vezes por semana e ainda jogava durante o final de semana!
Quem sabe, Biologia Marinha?
Estando no décimo ano de escolaridade, Joana “até agora tem sido uma boa aluna” assume a orgulhosa mãe, Sonia Facão. Ainda sem uma tendência assumida para a vida profissional, embora levemente inclinada para a Biologia Marinha, Joana Facão não descura dos estudos nem se deixa deslumbrar por uma carreira que, apesar de muito bem encaminhada até ao momento, nada tem de definitiva.
Uma coisa é certa: quer seja na escola, em casa ou na prática do desporto propriamente dito, Joana vai trilhando seu caminho com a mesma maneira de ser que todos os que a conhecem desde pequena, lhe apreciam e esta é uma segurança para a família que assiste, embevecida, ao – quem sabe – nascimento e crescimento de mais uma excelente jogadora de futebol que o Concelho de Mira está a oferecer ao país.
Joana Facão é, desde esta época 23/24, jogadora d e uma das mais conceituadas equipas femininas da Região Centro: a UDR Cadima, clube que escolheu para dar continuidade ao seu crescimento como atleta, apesar de ter recebido propostas como as do Gafanha, do Albergaria ou da Juve Force.
No Cadima, atua na equipa de Sub-19 mas, cedo percebeu-se que tem talento mais que suficiente para espreitar um lugar na equipa principal, para onde já foi transferida podendo, a partir de agora, jogar também entre as seniores.
Tendo realizado, já, treino no Sporting Clube de Portugal, clube que a tem debaixo do olho, a menina maravilha da terra dos zuas também já esteve pela primeira vez em um estágio da Seleção Nacional, que aconteceu em Dezembro, no Luso, e está selecionada para efetuar novo estágio brevemente, entre 15 e 17 de Janeiro, agora… na Cidade do Futebol.
O “pé canhão” como é conhecida entre companheiras e adversárias considera ter como uma das suas maiores virtudes, “os cantos diretos” que efetua, para além de assumir ser “extremamente focada” desde o primeiro ao último minuto de cada jogo.
Atuando como “extremo direito”, Joana Facão também atua, por vezes como “ponta de lança” e confessa que a parte do jogo em que ainda tem “muito, muito por melhorar” é “a defender” com um sorriso tímido que é, também ele, uma das suas características.
Tem como ídolos, Jéssica Silva e Kika Nazaré mas orgulha-se imenso de trabalhar com tantas jovens como ela e até com uma companheira de 40 anos de idade, com quem divide o relvado às segunda-feiras, nos treinos das seniores do Cadima. Com ela, o desporto é prazer e amizade!
Joana tem, como qualquer rapariga da sua idade, esperanças, alegrias, tristezas e sonhos por realizar.
A mesma menina que deseja “progredir definitivamente na marcação” e aumentar ainda mais a sua “velocidade como ou sem bola”, que pretende “manter-se na Seleção” e ir jogar no “Sporting”, embora confesse ser “portista de alma e coração” – a única, de uma família repleta de benfiquistas – é quem tem na na (orgulhosa) irmã Matilde uma verdadeira companhia e com quem a cumplicidade se completa, nos bons e maus momentos.
Joana Facão é, pode-se dizer com toda a certeza, daquelas pessoas que irão vingar pela sua capacidade, pelo sem empenho e pela sua plena dedicação ao trabalho que faz. Mas, o fará sem nunca ter de pisar em alguém e, sem nunca esquecer quem nunca regatou esforços para que seus sonhos se concretizassem!
Jornal Mira Online