Nos últimos anos o número de madrastas e padrastos não tem parado de aumentar. Bernardo Gaivão da Pordata, um dos participantes no congresso, promovido pela Cego, Surdo e Mudo, de Fernando Alvim, adiantou à TSF que «25% dos casamentos envolvem alguém divorciado e 17% das crianças que nascem já têm irmãos de anteriores casamentos dos pais».
Esta nova realidade coloca problemas, muitas das vezes, de ordem prática. A psicóloga Joana Amaral Dias, que vai participar no painel «Porque é que a Disney tramou as madrastas?», lembra que não há enquadramento legal para madrastas ou padrastos quando estes querem, por exemplo, tratar de assuntos escolares dos enteados.
Joana Amaral Dias diz que histórias como “A Branca da Neve” e a “Cinderela” ainda contribuem para criar uma imagem negativa das madrastas. Dificultam uma situação com que algumas crianças têm alguma dificuldade em lidar.«Continua a haver culpabilidade. O que é para uma criança ter uma mãe “substituta” ou um pai “substituto”? Muitas vezes isso é vivido com culpabilidade, como se fosse uma deslealdade em relação à mãe ou ao pai biológicos».
A psicóloga recomenda aos educadores que sejam cuidadosos quando contam histórias em que o papel de mau é desempenhado pela madrasta ou padrasto.
O Congresso teve início pelas 11:00 horas no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa.
FONTE: TSF