O secretário-geral do PCP sublinhou que “não estão reunidas as condições” para discutir o Orçamento do Estado para 2022 e que o Governo tem “responsabilidade direta” por achar que o presente Orçamento “só vale por seis meses”.
Em declarações no final de uma visita a uma exposição sobre o centenário do partido — integrada na edição deste ano da Festa do Avante! -, Jerónimo de Sousa sustentou que o executivo tem de “cumprir aquilo que acordou”, uma vez que o Orçamento do Estado para 2021, aprovado com o voto favorável do PCP, ainda está “a vigorar e por parte do Governo parece que este Orçamento só vale por seis meses”.
O secretário-geral do partido disse que a “pressa” do Governo para marcar as eleições autárquicas para 26 de setembro “condicionou tudo” e, por isso, “não havia condições, nem há, para qualquer discussão prévia em relação à proposta de Orçamento do Estado que ainda não existe”.
Por isso, o dirigente comunista considerou que “há uma responsabilidade direta” por causa da marcação das eleições para a data em questão, quando o partido defendeu que poderiam ser em outubro.
O executivo liderado pelo socialista António Costa, recordou Jerónimo de Sousa, também “está comprometido com propostas que aceitou” durante a discussão e aprovação do presente Orçamento do Estado, nomeadamente, o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Continua a não dar resposta e, partindo da realidade, partindo dos problemas com que estamos confrontados… De facto, há uma responsabilidade direta do Governo, que, não dando respostas a questões cruciais, naturalmente, não estão reunidas as condições para discutir lá para o ano de 2022 o que vier… Não é assim”, completou o secretário-geral do PCP.
A 45.ª Festa do Avante! começou na sexta-feira e vai decorrer até este domingo, na Quinta da Atalaia, no Seixal, no distrito de Setúbal. A Direção-Geral da Saúde (DGS) aumentou este ano a lotação máxima para 40.000 pessoas e regressaram várias atividades, como, por exemplo, as desportivas.