O secretário-geral do PCP reiterou ontem que a durabilidade do Governo depende sobretudo do Partido Socialista, e que o actual executivo “terá um futuro prolongado” caso governe a favor dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país.
O secretário-geral do PCP reiterou hoje que a durabilidade do Governo depende sobretudo do Partido Socialista, e que o actual executivo “terá um futuro prolongado” caso governe a favor dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país.
“Quando nos perguntam sobre a durabilidade do Governo, a nossa resposta só pode ser uma: este Governo será uma solução tanto mais duradoura conforme respeitar os direitos, os anseios do povo português”, afirmou Jerónimo de Sousa, durante o seu discurso num almoço-convívio, em Lisboa, de apoio a Edgar Silva, candidato presidencial do PCP.
“Nesse sentido, a responsabilidade está, de facto, no Partido Socialista. Pode contar com a posição construtiva do PCP, para examinar problemas, para encontrar soluções, mas quem pode ter um papel determinante é o Governo, porque, se governar contra os interesses dos trabalhadores e do povo, não vai longe; se governar a favor dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país, vai longe com certeza e terá um futuro prolongado”, acrescentou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP reafirmou, perante uma sala cheia de apoiantes, que o partido irá sempre “honrar a palavra dada e o compromisso” assumidos com o Partido Socialista na sequência das eleições legislativas de 4 de Outubro do ano passado.
Em relação às divergências já assumidas publicamente com o PS, em matérias como o Banif, a Taxa Social Única ou quanto à possível privatização da CP-Carga, Jerónimo de Sousa salientou que essa também será a postura do PCP sempre que estiver em desacordo.
“Naquilo que for diferente e divergente não contem naturalmente com o PCP, porque há que não esquecer que, independentemente desse desfecho importante e que nós valorizamos muito [formação de um Governo PS), o primeiro e principal compromisso do PCP é com os trabalhadores e com o povo português, tendo em conta a palavra dada durante a campanha eleitoral”, disse o líder comunista.
Fonte: Lusa/economico