Investigação ao Marselha levou a buscas no Estádio do Dragão

Caso remonta a 2009 e envolve 18 transferências do Marselha – compras e vendas -, entre as quais as de Lucho

A transferência de Lucho para o Marselha, em 2009, bem como o regresso do argentino ao Dragão no início de 2012, fazem parte da investigação que a justiça francesa vem efetuando há vários anos e baseada nas suspeitas de lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e cooperação com organizações ilegais envolvendo três ex-presidentes do Marselha, Philippe Perez – braço direito de Vincent Labrune, presidente do clube francês em 2014 – e ainda empresários de futebolistas.

A mesma investigação envolve outras compras e vendas, num total de 18, casos de Gignac (proveniente do Tolouse, em 2010), de Souleymane Diawara (oriundo do Bordéus, em 2009) e Mamadou Niang (transferido para o Fenerbahçe em 2014), bem como de Mbia, Abriel, Azpilicueta Tanco, Rool, Morientes, Kaboré, Rémy, Gignac, Cheyrou, Ben Arfa, Heinze, Amalfitano, Morel e Hilton. Todas elas efetuadas no período compreendido entre 2009 e 2012. Esta investigação das autoridades francesas, iniciada em 2009 como resultado de escutas telefónicas, durante a investigação a um homicídio, levou mesmo a que, em 2014, todos os ex-presidentes do Marselha fossem ouvidos em tribunal, tendo na altura apenas três deles sido acusados: Jean-Claude Dassier (2009 a 2011), Antoine Veyrat (2008-2011) e Vincent Labrune, além do também já citado Philippe Perez.

Nesse sentido, as buscas efetuadas à SAD do FC Porto esta terça-feira fazem parte dessa investigação, resultam do pedido das autoridades gaulesas que levou ao envolvimento da Polícia Judiciária e terão tido como provável objetivo a recolha de informação.

Recorde-se que o FC Porto, através de um comunicado, anunciou esta manhã que que se encontra a colaborar com as autoridades de Portugal e França que se encontram a investigar uma transferência, nunca especificando o nome do jogador.

O Jogo