Intervenção na piscina de Mira vai reduzir 44,4% emissões de dióxido de carbono

A obra para melhoria do desempenho energético da Piscina Municipal de Mira vai permitir reduzir 44,4% das emissões de dióxido de carbono (CO2) e poupar mais de mais de 25 mil euros por ano na fatura energética.

O projeto “tem duas dimensões muito importantes, a primeira dimensão a ecológica”, com a redução de dióxido de carbono (CO2) e de combustíveis fósseis, ou seja, “cerca de 60% [da energia que será consumida na piscina] serão energias renováveis e terá uma redução também na emissão de CO2”, disse hoje, na conferência de imprensa de apresentação do plano, o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida.

“As necessidades globais de energia final após as medidas de implementação preveem que seja 860.055 quilowatt (kW) hora por ano. O consumo anual é 994.267 quilowatt (kW) hora por ano. Parece que a redução não é muita, mas 59,4% desta energia será proveniente de produção local com recurso a fontes renováveis de energia”, sublinhou a engenheira, Rosário Fino, uma das autoras do projeto.

Segundo o estudo, as obras vão permitir dessa forma reduzir 44,4% das emissões de dióxido de carbono. O estudo previa uma poupança de cerca de 25 mil euros por ano, no entanto, com o aumento do preço os combustíveis, prevê-se que essa poupança será ainda maior.O autarca estima que o investimento na piscina vai “facilmente” recuperado em “dois, três anos”.

“Muito provavelmente se recupera esse dinheiro, porque anualmente vamos ter uma redução e um benefício no nosso orçamento”, frisou.

O projeto para melhorar a eficiência energética do edifício, no valor de 600 mil euros, foi submetido ao Programa Operacional do Centro, tendo sido aprovado com a comparticipação em 85%.

O projeto focou-se na promoção da sustentabilidade do edifício, a eficiência energética, mas também a melhoria da qualidade área interior.

A piscina vai beneficiar da instalação de sistema solar fotovoltaico para a produção de energia elétrica para autoconsumo, um sistema solar térmico para produção de água quente sanitária, a instalação de uma caldeira a biomassa, para aquecimento da água da piscina, um sistema de desumidificação e ainda sistemas técnicos auxiliares (Eletrobombas e GTC).

Vai ser ainda alterada a iluminação do edifício, substituindo por iluminação LED, mais eficiente energeticamente.

O auto de consignação foi assinado hoje, aquando da conferência de imprensa de apresentação do projeto, e as obras vão iniciar na próxima semana.

Lusa

Imagens da Conferência de ImprensaMarta Santos / Diário de Coimbra