A Direção-Geral da Saúde (DGS) assegurou que “a interrupção temporária” da avaliação do Plano Nacional de Vacinação (PNV) visa melhorar a qualidade da informação disponível e “não põe em causa a saúde pública”.
Em comunicado, a DGS adianta que a avaliação anual nacional do PNV, pedida em janeiro às administrações regionais de saúde, foi suspensa, por tempo não precisado, “para minimizar a perturbação dos serviços por incorreções identificadas”. A avaliação, que é divulgada anualmente em abril, permite saber as taxas de cobertura de vacinação.
Apesar da suspensão temporária da avaliação do PNV, a Direção-Geral da Saúde garante que essa avaliação, com informação reportada a 31 de dezembro, “vai ser efetuada de forma atempada”.
Na terça-feira, médicos de saúde pública queixaram-se da suspensão da avaliação do PNV e da impossibilidade de se saber o estado vacinal das crianças devido a um erro informático. O Ministério da Saúde negou então qualquer problema.
Hoje, a Direção-Geral da Saúde assegurou que a interrupção da avaliação do Plano Nacional de Vacinação “não põe em causa a saúde pública, nem a vacinação dos cidadãos nas idades recomendadas pelo PNV” e visa “tão só a melhoria da qualidade da informação”.
A DGS adianta que “o módulo de monitorização e avaliação” do VACINAS, o novo sistema de informação e gestão da vacinação que substituiu progressivamente, em 2017, o anterior, o SINUS, “está a ser alvo de aperfeiçoamento nos algoritmos que permitem o cálculo da proporção de pessoas vacinadas em cada idade e por vacina”.
A entidade nacional de saúde pública reconhece que “há atualmente um número pequeno de unidades” de saúde” que ainda não utilizam o novo sistema de informação e gestão da vacinação “por razões técnicas”, devido “a incompatibilidades de ‘software’ externo”.
Desde outubro, sublinha a DGS, “está disponível ao público a informação com a atualização diária das vacinas administradas em Portugal continental nas unidades de saúde [do Serviço Nacional de Saúde] migradas no VACINAS”.
Lusa