Soluções da Ubiwhere são aplicadas no concelho de Cantanhede para a recolha seletiva de biorresíduos, tratando-se do maior projeto em Portugal até ao momento. Serão instalados 400 equipamentos de deposição coletiva, com sistema inteligente de acesso condicionado, agregados e geridos por plataforma eletrónica. Da ideia à realidade, a INOVA-EM dá o passo decisivo para concretizar a recolha seletiva de biorresíduos em Cantanhede.
A INOVA – Empresa de Desenvolvimento Económico Social Cantanhede, EM – SA lança os trabalhos para tornar a recolha seletiva de biorresíduos uma realidade em Cantanhede. Perante a Diretiva Europeia 2018/851, que estabelece o ano de 2023 enquanto meta para a concretização da recolha seletiva de biorresíduos no espaço da União Europeia, são cada vez mais os Municípios e entidades que enfrentam pressão para implementarem sistemas eficazes de recolha e separação. Acresce ainda que, de um modo geral em Portugal, os agregados familiares não procedem à separação de biorresíduos, propiciando a adoção de mecanismos inovadores que contribuam para o fortalecimento da adesão aos novos sistemas por parte da comunidade.
Foi neste contexto que a Ubiwhere, empresa portuguesa de referência no âmbito das Smart Cities, apresentou a proposta vencedora à INOVA-EM para a implementação do sistema de recolha seletiva de biorresíduos. De acordo com o programa do concurso ganho pela Ubiwhere, serão disponibilizados 400 equipamentos coletivos para a recolha de biorresíduos no Município de Cantanhede. Estes equipamentos estarão dotados com sistema de controlo de acessos e a informação ficará agregada na plataforma Smart Waste, desenvolvida pela Ubiwhere, para a monitorização das operações. A INOVA-EM emprega assim um elevado sentido de inovação, passando a obter estatísticas fiáveis de utilização e de adesão da comunidade ao sistema.
Como funcionará o sistema de recolha de biorresíduos
Toda a operação será conduzida através da plataforma Smart Waste da Ubiwhere. Esta plataforma constituirá o núcleo duro de gestão inteligente e autónoma do sistema, na medida que agrega e monitoriza a performance de todos os contentores que incluem a operação. A plataforma permite a comunicação com o hardware para o envio de leituras e eventos que ocorram, para a geração de reportes de utilização e para o controlo dos acessos aos contentores. O acesso à plataforma será diferenciado por tipo de utilizador – Administrador, Técnico e Utilizador final – o que possibilitará a criação de suportes digitais de comunicação, tais como o Portal do Cliente e a Aplicação Móvel, tornando a interação do cidadão com o sistema mais fluida e articulada.
Os contentores serão equipados com um sistema de controlo de acessos, com leitor RFID. Para o desbloqueio do equipamento, o utilizador terá de passar uma chave RFID previamente cedida pela INOVA-EM ou através da utilização da App móvel desenvolvida para o efeito. Ao fazê-lo, o sistema recolherá estatísticas de utilização por utilizador, permitindo uma compreensão do nível de adesão da comunidade ao sistema. O mesmo permitirá obter métricas apuradas sobre o nível de enchimento dos contentores, recolhas realizadas, erros e alertas emitidos, entre outros aspetos que contribuem para a melhoria da eficiência das operações de gestão do sistema.
Recolha seletiva de Biorresíduos – o desafio
A separação dos biorresíduos consiste num processo novo que se procura incutir nas rotinas das famílias, para um futuro mais sustentável. Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, salienta que “no decurso dos trabalhos que a Ubiwhere tem desenvolvido nesta área, a tecnologia desenvolvida e os mecanismos de monitorização empregues fazem a diferença na avaliação de projetos desta complexidade que mexem no dia-a-dia das pessoas e daquilo que já estão habituadas a fazer.” Acrescenta, “a Ubiwhere estará sempre disponível para colaborar com as cidades e municípios que pretendam promover a sustentabilidade e o desenvolvimento, a partir da informação e da tecnologia.”
A implementação deste sistema decorrerá de forma progressiva, sendo que os primeiros equipamentos deverão estar no terreno até ao final do ano de 2021.