Muitas são as chamadas relativas a “falsas emergências” recebidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), todos os dias. Nos primeiros sete meses deste ano foram atendidas mais de 50 mil chamadas deste tipo.
Escreve o Jornal de Notícias (JN) que o INEM atendeu 52.541 “falsas emergências” nos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) nos primeiros sete meses de 2021. Assim, há uma média, por dia, de 247 chamadas deste tipo atendidas pelos técnicos de serviço e que são posteriormente encaminhadas para a linha SNS24. E, se o número parece elevado, em 2020 foi ainda maior: 95.601 telefonemas.
“No último ano, tivemos um valor maior [falsas emergências] porque houve uma alteração dos algoritmos relacionados com a covid-19, sobretudo na fase inicial de contingência”, explica ao jornal António Táboas, responsável pelos CODU. Por isso, muitos utentes sem doença grave — mas com sintomas como febre ou dores no corpo — ligavam para o 112, muitos sem saber que deviam contactar a linha SNS24 e permanecer isolados.
Contudo, os números têm vindo a normalizar desde o final do ano passado. Mesmo assim, não é fácil comparar a situação antes da covid-19. “Já estamos a voltar à atividade pré-pandemia, mas ainda não é uma situação completamente normal”, explica o médico.
Apesar destes contratempos, o INEM garante que ninguém fica sem resposta — mas é necessário que as pessoas entendam as situações em que devem utilizar realmente o número 112, uma vez que muitas vezes “ocupam linhas de emergência e não carecem do envio de ambulância”.
Madremedia