“Começámos em outubro de 2017 e estamos a 50% das nossas metas”, quanto ao número de beneficiários alcançados, disse hoje à agência Lusa a coordenadora do Microninho, Liliana Simões.
Apoiado por fundos comunitários, o projeto corresponde a um investimento global de 414 mil euros e envolve os municípios de Lousã, Vila Nova de Poiares, Penela e Condeixa-a-Nova, onde o Microninho tem gabinetes abertos, no distrito de Coimbra.
Fundadora da Associação de Desenvolvimento Social e Cultural dos Cinco Lugares (ADSCCL), a socióloga Liliana Simões explicou que a intervenção nos quatro concelhos já abrange 120 beneficiários, metade dos 240 que constituem o objetivo final.
Um terço dos 36 negócios previstos nos planos do Microninho “estão a ser apoiados e em incubação”, salientou.
Além de ter alcançado 120 beneficiários diretos, o projeto já conta igualmente 80 beneficiários indiretos, desde que os trabalhos começaram, há cerca de um ano.
Foram também “sinalizadas mais 204 pessoas e 56 são participantes que não avançaram” para a criação de negócios ou integração no mercado de trabalho.
Em setembro de 2017, na assinatura dos acordos de cooperação e parceria entre a ADSCCL e as demais entidades envolvidas, a coordenadora do Microninho disse esperar que “mais de 140 pessoas” pudessem regressar ao mercado de trabalho até 2020.
O projeto visa “combater o desemprego e a exclusão social” nos municípios envolvidos e deverá contemplar 240 beneficiários diretos e suas famílias.
Entretanto, 38 das 69 pessoas que são candidatas à procura de trabalho já estão empregadas, segundo Liliana Simões.
Ao todo, neste primeiro ano de execução do projeto, foram “desenvolvidos 106 planos de autonomização” dos candidatos, que aderem com as famílias à iniciativa de inovação social.
O Microninho resultou de uma parceria da ADSCCL com os quatro municípios (que assumem 30% do investimento social do projeto), a Universidade de Coimbra, a Portugal Inovação Social (PIS) e a Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), com sede na Lousã.
As autarquias são “investidores sociais” da incubadora, tendo financiado o projeto com 31 mil euros cada, sendo a restante verba atribuída ao abrigo de uma candidatura ao Fundo Social Europeu (FSE), através da PIS.
Com uma equipa de cinco profissionais, o Microninho é uma incubadora que presta um serviço gratuito na área da “inovação social para o desenvolvimento local sustentável”.
Além de apostar na promoção da empregabilidade e da inclusão social, o projeto visa “estimular o desenvolvimento local, criando impacto positivo nas regiões onde atua, podendo incubar projetos fisicamente ou à distância”, de acordo com a ADSCCL.
A ideia da criação do Microninho, que numa primeira fase interveio apenas no concelho da Lousã, nasceu em 2011, no âmbito do mestrado em Intervenção Social e Empreendedorismo que a socióloga Liliana Simões concluiu na Universidade de Coimbra.
Lusa