Os trabalhadores não podem continuar a pagar a crise para a qual não contribuíram. Há, sim, que combater o despesismo, cortar desperdícios, reduzir gastos supérfluos, acabar com as gorduras que existem no aparelho de Estado. E acabar com alguns institutos públicos. E taxar a banca, as grandes fortunas e a especulação.
Como refere o insuspeito José Reis, Portugal é “um dos países mais centralistas da Europa” e, assim, deve seguir-se a Regionalização, uma porta aberta para um desenvolvimento mais salutar numa acção que se libertará dos caminhos que dizem, erradamente, que Portugal é só Lisboa, do caminho onde uns são filhos e outros são enteados.
Nos mais variados campos, o país ficará melhor. Na cultura, por exemplo, a oferta irá melhorar com a Regionalização. Senão, veja-se o exemplo, neste sector, da Alemanha e da França.
A Regionalização é, pois, a grande reforma que falta fazer em Portugal, é a revolução que irá permitir uma inquestionável qualificação da vida democrática do país. E que irá proporcionar condições indispensáveis para um desenvolvimento maior e mais equilibrado.
E porque, como diz José António Lopez, conselheiro da Presidência da Junta de Castela e Leão, “ditadura é igual a centralismo e democracia é igual a descentralização”, a Regionalização é, em suma, de importância vital para o nosso país.
António Veríssimo
Militante do PAN