“Imagem de Marca
Ontem realizou-se a apresentação do programa da Passagem de Ano 2019/2020 do Concelho de Mira. Iniciou-se, oficialmente a divulgação e venda deste evento. No atual formato (parceria com a RFM) é o quinto ano que se realiza, já é um evento amadurecido. Por isso mesmo, toda a sua organização já não é novidade para os promotores e as falhas deveriam ser raridades. Mas, não! Continuam a falhar no básico.
Como é possível no site oficial de internet do Município de Mira (www.cm-mira.pt) terem uma notícia a divulgar o evento do ano anterior? Estão a divulgar o C4Pedro! Incrível.
Este assunto revela falta de rigor e profissionalismo, mas se ocorresse isoladamente não seria tão grave, o problema é que estas falhas são recorrentes. Ao levantarmos estes assuntos não pretendemos rebaixar ninguém, nem temos a pretensão de sermos superiores, mas não seria correto da nossa parte manter o silêncio perante tantas falhas. Estamos disponíveis para ajudar, sendo parte da solução, mas não estamos disponíveis para assumir os erros dos outros.
Por agora, não vamos aprofundar todos os enganos, lapsos, esquecimentos, desvios, discrepâncias e afins, deste executivo nas mais diversas áreas. A população já se apercebeu que o rigor não é a imagem de marca destes senhores. Basta recordar alguns pequenos detalhes. O cartaz da animação da Época Balnear tem sido conhecido depois de iniciar a própria temporada, chegando mesmo ao ridículo em 2018, quando o cartaz foi tornado público no dia 4 de Agosto e em 2019 a 28 de Julho. Será isto correto? Já para não falar do seu conteúdo, que embora tenha alguns momentos positivos deixa muito a desejar. Podíamos dar dezenas de exemplos do que não se deve fazer e do que nunca deve acontecer. Por exemplo, a falta de luz nas Marchas 2018, entre muitas outras… No entanto, defendemos que a passagem de ano deve continuar a ser organizada, mas precisa de ser reformulada urgentemente, mantendo os aspetos positivos e criando maior sustentabilidade e autonomia financeira.
A maioria das localidades evoluídas afirmam as suas imagens de marca, pretendendo deixar na mente das pessoas o reflexo positivo do que se desenvolve. É unânime que as perceções, os pensamentos e as expectativas são a base para um trabalho sustentável nestas matérias. Uma das maiores diferenças entre as grandes organizações e as pequenas é a forma como se comunica e transmite as suas imagens de marca. Direcionando a nossa análise unicamente para as organizações públicas obtemos discrepâncias enormes, concluindo rapidamente que há quem trabalhe profissionalmente e há quem continue a gastar recursos constantemente sem sustentabilidade. Na nossa opinião este é um assunto de extrema importância para o desenvolvimento de qualquer localidade e no caso concreto do nosso Concelho de Mira merece uma discussão mais alargada e urgente.
Por outro lado, evita-se de cair na tentação da reduzida capacidade intelectual que afirma sempre o mesmo e usa frases feitas com pouca substância, como por exemplo: “Sempre foi assim!” ou “No tempo dos outros era pior!”, entre outras. É tempo de mudar este paradigma e começar a utilizar outros pensamentos. Temos muito orgulho da nossa história, mas se há aspetos negativos de longa data que continuam a ser praticados, então têm de ser corrigidos imediatamente. Se as coisas estão erradas, não podemos admitir que continuem. É inadmissível que os nossos recursos sejam gastos e destruídos sem qualquer rigor e planeamento, muito do que podia ser positivo têm conseguido estragar por pura incompetência.
É hora de deixar de olhar e começar a ver.
Comunicação – Partido Socialista de Mira”