O comportamento dos adeptos suspeitos configura um crime punido com pena de prisão até cinco anos.
Polícia de Segurança Pública (PSP) já identificou alguns dos adeptos que insultaram Moussa Marega com cânticos e gritos racistas, no jogo entre FC Porto e Vitória de Guimarães, no domingo.
A identificação dos suspeitos foi possível graças às imagens de videovigilância, adiantou à TSF o porta-voz da PSP, o intendente Nuno Carocha, sem no entanto querer avançar o número de pessoas reconhecidas pela polícia.
O porta-voz da PSP, reconhece este é “um trabalho tecnicamente muito exigente”, mas as diligências vão continuar e as autoridades esperam identificar mais adeptos.
A notícia foi inicialmente avançada pela TVI.
Na segunda-feira, o intendente Nuno Carocha, da PSP, tinha adiantado, à TSF, que a polícia já tinha em sua posse “as imagens do sistema de videovigilância e as constatações dos agentes no local” que permitem “investigar e apurar” os responsáveis pelos insultos racistas.
O comportamento dos adeptos suspeitos configura um crime previsto e punido no Código Penal com pena de prisão de seis meses a cinco anos.
Além da vertente criminal, a PSP acrescenta que tal comportamento de adeptos constitui contraordenação, pois “a prática de atos ou o incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos” pode ser punida com coima entre 1.000 e 10.000 euros.
No domingo, em Guimarães, durante um jogo da 21.ª jornada da I Liga de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, o avançado maliano dos dragões Moussa Marega abandonou o jogo, após ter sido alvo de cânticos e insultos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.
Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, tendo acabado por ser substituído.
TSF