O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC) foi ontem galardoado, no Convento de São Francisco, em Coimbra, pelo projeto “Hospital Amigo dos + Velhos”, no 8º Congresso Envelhecimento Ativo e Saudável, promovido pelo consórcio Ageing@Coimbra. O evento contou, entre outras, com a apresentação dos projetos finalistas do CONCURSO DE BOAS PRÁTICAS DE ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL DE 2021 da CCDRC que o HAJC venceu na categoria “Saúde +”.
Das 145 candidaturas admitidas ao concurso promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), apenas 10 foram os projetos finalistas, tendo sido o HAJC o único hospital a alcançar tal feito. O projeto “Hospital amigo dos + velhos” é um dos grandes eixos estratégicos do hospital e está inserido na categoria “Saúde+” do prémio.
Este projeto recorre à metodologia de qualidade americana 4Ms (baseada em quatro elementos base – Motivação, Medicação, Estado Mental e Mobilidade) e parte da identificação das necessidades dos utentes, avaliadas através de escalas, escuta ativa do doente e rede social de apoio e feedback à equipa do hospital.
O projeto de um hospital promotor do envelhecimento ativo e saudável e da longevidade passa por atividades como: intervenções de equipas multidisciplinares para melhorar a interação social dos idosos internados, promoção de visitas, promoção da adesão às atividades terapêuticas, inovando na resposta, criação de programas de reabilitação através do exercício e de reconciliação terapêutica em todos os doentes internados, capacitação dos cuidadores informais através de cursos gratuitos, identificação e tratamento precoce das alterações do estado mental, alargamento da realização de exames de diagnóstico em proximidade (nos cuidados de saúde primários e IPSS), entre outros.
Para Diana Vilela Breda, Presidente do Conselho Diretivo do HAJC, “Estar nos 10 finalistas deste prémio e poder apresentar e divulgar o projeto é um motivo de orgulho e satisfação e uma forma de valorizar a equipa do Hospital de Cantanhede, reconhecer a dedicação e o entusiasmo com que a equipa multidisciplinar abraçou este projeto. Vencer não é mais do que a validação e a confirmação de que estamos a dar os passos certos na necessária reinvenção das estruturas destinadas à prestação dos cuidados, numa ótica de maior humanização dos serviços e mais respeito pela individualidade da pessoa idosa, na construção de um futuro melhor para todos. Por outro lado, é também uma chamada de atenção para a necessidade de um trabalho colaborativo, intersectorial de redes focadas na integração de cuidados ao longo do percurso de cada cidadão no SNS, alicerçada numa boa rede de proximidade para a importância da integração de cuidados ao longo do percurso de cada doente no sentido de dar uma resposta adequada às necessidades de uma população sénior com um índice de dependência em crescimento.”