Depois de um terceiro e um quarto lugar, em 2000 e 2016, Portugal consegue pela primeira vez na história qualificar-se para a final do Mundial de futsal. Jogo com a seleção cazaque decidiu-se nas grandes penalidades depois de um 1-1 no tempo regulamentar e um 2-2 no prolongamento.
Portugal venceu o Cazaquistão esta quinta-feira e superou pela primeira vez as meias-finais do Mundial de futsal, depois de em 2016, no torneio que se realizou na Colômbia, ter ficado em quarto lugar e em 2000, na Guatemala, ter ocupado o último lugar do pódio.
Não se pode dizer que o jogo não começou da melhor maneira para a equipa das Quinas, com a seleção cazaquistanesa a colocar a bola no fundo das redes defendidas por Bebé logo aos três minutos. No entanto, o vídeo-árbitro anulou o golo alegando que a bola tinha ultrapassado as quatro linhas no início da jogada.
Apesar do domínio da seleção portuguesa, e de mais duas ocasiões de perigo dos cazaques, a exibição segura do guarda-redes Higuita permitiu levar o jogo para o intervalo com um empate a zeros.
Se aos três minutos do primeiro tempo foi o Cazaquistão a meter a bola no fundo das redes, ainda que de forma inválida, três minutos depois do início da segunda parte foi a vez de Portugal, com um remate indefensável de Pany Varela, inaugurar o marcador – desta vez de forma válida.
O verdadeiro problema de Portugal, em relação ao adversário, era mesmo Higuita que defendeu e, aos 28 minutos, quase que marcou com um potente tiro de fora da área a só ser travado pelo poste.
Mas o guarda-redes cazaque não foi o único a brilhar. Aos 32 minutos Bebé, com uma enorme defesa manteve a vantagem lusa. E voltou a repetir o feito de forma fulcral mais três vezes até o encontro terminar.
O guarda-redes dos Leões de Porto Salvo, que fez grande parte da carreira no SL Benfica, defendeu tudo aquilo conseguiu até não conseguir mais. Aos 40 minutos Nurgozhin fez o golo da igualdade para o Cazaquistão.
No início do prolongamento Bebé voltou a ser insuficiente para parar a seleção cazaque que deu a volta ao marcador com um remate de livre de Douglas.
Quando o jogo parecia condenado, a pouco mais de um minuto do fim do prolongamento, Bruno Coelho fez o 2-2 empurrando o jogo para o desempate a grandes penalidades.
Na reunião de equipa antes do momento decisivo, Jorge Brás, o selecionador nacional, disse: “já ganhámos isto”, prevendo que Bebé defenderia os dois primeiros penaltis. O guardião luso defendeu o primeiro, mas foi a defesa do colega de seleção, Victor Hugo, na quinta e última grande penalidade para os cazaques que abriu caminho ao penalti decisivo que Tiago Brito não desperdiçou
A profecia cumpriu-se, tanto quanto possível e Portugal eliminou o Cazaquistão com 4 penaltis convertidos contra 3 dos cazaques .
Segue-se agora o confronto com a Argentina, atual campeã do mundo, que na outra meia-final eliminou o Brasil.
Madremedia