Hepatite A em Lisboa e Coimbra. “Há uma atividade epidémica”

O diretor-geral da Saúde esteve, esta quarta-feira, no ‘Jornal da Noite’ da SIC para falar sobre os casos de Hepatite A que têm surgido nos últimos meses.

Atualmente estão infetadas com o vírus da Hepatite A 120 pessoas, sendo que a maioria é do sexo masculino e cerca de metade está internada.

Os números são da SIC que revela ainda que o vírus já chegou a Coimbra, onde também existem pacientes internados com o vírus.

Francisco George, diretor-geral da Saúde reiterou na antena da SIC que se têm registado “muitos mais casos do que nos últimos 40 anos”, sublinhando que “há uma atividade epidémica”.

O responsável alerta que a transmissão do vírus é “fecal-oral”, isto é, está relacionada com práticas sexuais de risco.

“O vírus elimina-se do organismo pelas fezes e para ser ingerido é preciso haver contacto direto. As práticas de sexo oral neste contexto têm um risco especial de transmissão”, explicou Francisco George que deixou claro que “não falamos de grupos de risco, mas sim de comportamentos de risco”.

Historicamente falando, a Hepatite A é aquilo a que antigamente se chamava icterícia. “Circulava em Portugal antes de 1974 porque o país era pobre e não havia infraestruturas de saneamento básico”.

Quanto aos sintomas, o responsável refere que os mesmos passam pelas náuseas, urina escura, olhos amarelos, pele muito amarela e pela ausência de vontade, por parte do infetado, em alimentar-se.

Apesar do surto do vírus, Francisco George não quer que ninguém entre em pânico e no que diz respeito às vacinas, as mesmas estão a ser recomendadas aos “familiares e elementos das relações íntimas dos pacientes”, sendo que é de evitar uma “corrida às farmácias”, até porque as vacinas precisam de prescrição médica.

Fonte: SIC

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