A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede voltou a reclamar hoje, 26 de maio, “o início urgente da construção da ETAR das Cochadas”, na freguesia da Tocha, posição que a autarca que tem vindo a assumir reiteradamente desde que tomou posse. Desta vez foi durante uma audição por videoconferência realizada hoje, 26 de maio, perante a Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território da Assembleia da República, a pedido do Grupo Parlamentar do PSD. Durante a audição Helena Teodósio aduziu de novo os argumentos que serviram de base à moção aprovada por unanimidade pelo Conselho Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) no final do mês de abril. Nessa moção, recorde-se, o órgão deliberativo da CIM – RC manifesta a sua insatisfação relativamente ao “sucessivo adiamento da construção da nova ETAR” das Cochadas que a Águas do Centro Litoral (AdCL) já deveria ter resolvido, uma vez que a situação atual está a causar “impactos ambientais de elevada expressão para o território da Região de Coimbra”.
A líder do executivo camarário cantanhedense não se conforma com “a inaceitável lentidão deste processo que já se arrasta desde há vários anos e cuja conclusão é absolutamente crucial para resolver a sobrecarga do “Intercetor Sul” da AdCL e eliminar a necessidade de realização de descargas que têm causado impactos ambientais nefastos”.
Helena Teodósio estranha que “já tenha havido três concursos públicos para conceção/construção da obra sem que tenha sido adjudicada, o primeiro lançado em janeiro de 2019, o segundo em julho de 2020 e o último em setembro desse ano. Vamos já no quarto, que segundo parece vai ser aberto hoje, esperamos que com melhor desfecho do que os anteriores, de modo a que seja posto cobro a um problema a que o Município de Cantanhede é completamente alheio, mas que afeta muito a qualidade de vida na zona poente do território e sobretudo o concelho de Mira”, sublinha.
A presidente da autarquia lembra que “este assunto motivou a visita de dois secretários de Estado do Ambiente a Cantanhede, designadamente o Eng.º Carlos Martins e o Dr. João Ataíde, com os quais tive um diálogo muito franco e frutuoso, um diálogo que conduziu o processo a uma fase em que só faltava abrir o concurso público e avançar com a obra que, pensávamos, nesta altura já estaria a decorrer. Não se compreende e não se aceita que tal ainda não tenha acontecido”, lamenta, manifestando o desejo de que da reunião que vai ter com o ministro do Ambiente no próximo dia 1 de junho “venha a resultar finalmente um impulso decisivo do Governo para a construção da ETAR das Cochadas”.