Autarca reivindica requalificação urgente da secundária de Cantanhede e outras escolas sob tutela da Administração Central
A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, reuniu na passada sexta-feira com a secretária de Estado da Educação, Susana Amador, a quem reiterou a necessidade de o Governo avançar urgentemente com a requalificação dos estabelecimentos de ensino do concelho que estão sob tutela da Administração Central.
Além de reivindicar a “requalificação integral (interior e exterior) da Escola Secundária Lima-de-Faria, seguramente uma das que têm as piores instalações de toda a Região Centro”, a autarca reclama “obras de fundo” na EB/Secundária Garcia Bacelar, da Tocha, e EB Carlos de Oliveira, de Febres, bem como a execução da segunda fase da reabilitação da EB 2,3 Marquês de Marialva, em Cantanhede, uma vez que a intervenção entretanto efetuada nesta última incidiu apenas na resolução de parte dos problemas diagnosticados, tendo ficado por executar obras que representam um investimento superior ao já realizado.
A líder do executivo camarário cantanhedense não se conforma com o arrastar “da inaceitável degradação daquelas escolas, o que penaliza muito os alunos, mas também professores e técnicos auxiliares e afeta fortemente o desenvolvimento processo de ensino/aprendizagem em níveis escolares absolutamente cruciais para a educação e formação de crianças e jovens”.
Helena Teodósio compareceu ao encontro com a secretária de Estado acompanhada do vice-presidente da autarquia e dos diretores dos agrupamentos de escolas em que estão integrados os estabelecimentos de ensino em causa, designadamente José Soares (Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria), Fátima Gomes (Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva) e Manuel Oliveira (Agrupamento de Escolas Gândara Mar). “Os responsáveis das escolas estão em perfeita sintonia com a Câmara Municipal relativamente à necessidade de ser resolvido rapidamente o problema da degradação das instalações escolares”, refere a autarca, salientando que “é grave o estado a que chegaram as salas de aula e outros espaços, com acumulação de bolores nas paredes, falta de pintura, portas e janelas que não funcionam e madeiras apodrecidas, para além da deterioração de vários equipamentos”.
A presidente da Câmara de Cantanhede quer “acreditar” que o Governo vai finalmente avançar com obras de fundo nas escolas que lhe pertencem, “até porque em 2021, se a lei vier a ser efetivamente cumprida, vai concretizar-se a transferência de competências para as autarquias no domínio da educação e não faz qualquer sentido que o Município venha a ‘herdar’ a responsabilidade sobre escolas que não têm condições adequadas para a importante função que desempenham. Estamos disponíveis para as receber, mas depois de serem requalificadas”, sublinha Helena Teodósio, adiantando que “a Câmara de Cantanhede está até disponível, como sempre esteve, para colaborar na realização das obras, o que não pode é assumir os custos em instalações que não lhe pertencem, custos esses que, segundo a avaliação dos serviços técnicos camarários, deverão ascender a mais de sete milhões de euros”.
A este propósito, a autarca lembra que a autarquia suportou 50% da comparticipação nacional da primeira fase da requalificação da EB 2,3 Marquês de Marialva, tendo a Administração Central assumido apenas os restantes 50% da empreitada que beneficiou de financiamento comunitário. “Estamos abertos a negociar uma solução idêntica, quer para a segunda fase da intervenção prevista para essa escola, quer para a reabilitação da Escola Secundária Lima-de-Faria e da EB/Secundária Garcia Bacelar, da Tocha, e EB Carlos de Oliveira, de Febres. O que é preciso é que o Governo avance rapidamente com os respetivos processos”, conclui.