O deputado do CDS Hélder Amaral questionou o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas sobre as condições de circulação na Linha da Beira Alta.
Hélder Amaral quer saber, sendo a causa dos deslizamentos do fim de semana conhecida, e previsível, que diligências foram, desde outubro, efetuadas pelo Governo para prevenir este tipo de acidentes, se o Governo elaborou algum plano de intervenção para este tipo de situações e, ainda, que medidas vai o Governo tomar, a curto prazo, para assegurar que, até à realização de obras na Linha da Beira Alta, acidentes como os de dia 4 de Março não se repitam.
No dia 4 de Março p.p., verificou-se, na Linha da Beira Alta, o descarrilamento de um comboio Intercidades que fazia a ligação de Guarda para Lisboa.
O acidente terá sido provocado por um deslizamento de terras que atingiu o lado esquerdo do comboio, embatendo nas carruagens do meio da composição, e deu-se à entrada do túnel do Coval, em Mortágua, já depois da paragem em Santa Comba Dão.
Apesar de alguns troços da Linha da Beira Alta se encontrarem em obras, o acidente não teve a ver com essa circunstância, mas antes com as consequências dos incêndios de 15 Outubro de 2017, já que os taludes da linha e as encostas na zona estão desprovidos de vegetação, o que está na origem de deslizamentos que arrastam terra, pedras e troncos.
Trata-se de uma situação que poderá ser recorrente e que coloca em causa o transporte e, sobretudo, a segurança dos passageiros que utilizam aquela Linha.
Dois dias depois, o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas veio a público dizer que a grande intervenção prevista para a Linha da Beira Alta só vai acontecer depois da conclusão das obras na Linha da Beira Baixa, estabelecendo 2019 como a data limite para que isso aconteça.