O diretor comercial da rede de supermercados Pingo Doce da Jerónimo Martins, informou hoje que voltou a antecipar o pagamento aos pequenos produtores.
No ano passado, o Pingo Doce já tinha renovado o acordo assinado com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), sendo que este é o terceiro ano em que a medida vigora. Questionado pela “ Lusa” sobre o impacto desta medida, o diretor comercial do Pingo Doce, Pedro Leandro, adiantou que deverá rondar entre os 50 e os 60 milhões de euros.
«No fundo, este dinheiro que deixa de estar nas nossas mãos é injetado no setor primário, permitindo contribuir para a sua sustentação», disse Pedro Leandro, sublinhando que a medida se «destina aos fornecedores nacionais», como os pequenos e médios produtores de fruta, legumes, carne, peixe, vinhos e charcutaria, «com modelos de negócio viáveis, mas cuja sustentabilidade está ameaçada» pela situação económica.
Questionado sobre o balanço de dois anos desta medida, João Machado disse que esta só tinha «aspetos positivos», uma vez que ajuda «a produção nacional».
Atualmente, disse o presidente da CAP, apenas o Pingo Doce antecipa o pagamento a pequenos produtores, já que «não foi possível estender a outros hipermercados