17.7.2024 –
A chamada de emergência chegou aos bombeiros de Torres Vedras pouco depois das seis da manhã de sábado. Uma grávida em trabalho de parto precisava de transporte. Depois da avaliação no local, a equipa fez o contacto para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes. A indicação surpreendeu: o hospital mais próximo seria o de Coimbra, a cerca de 170 quilómetros de distância.
Uma grávida de Torres Vedras fez mais de 170 quilómetros em trabalho de parto. Só foi assistida cinco horas depois dos bombeiros terem sido acionados, já numa unidade em Coimbra. O INEM diz que não havia maternidades mais perto.
A chamada de emergência chegou aos bombeiros de Torres Vedras pouco depois das seis da manhã de sábado. Uma grávida em trabalho de parto precisava de transporte. Depois da avaliação no local, a equipa fez o contacto para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). A indicação surpreendeu: o hospital mais próximo seria o de Coimbra, a cerca de 170 quilómetros de distância.
Os operacionais acederam à indicação, mas no destino encontraram um novo obstáculo:
Entretanto, começámos a nossa viagem e chegaram à maternidade em Coimbra, a Bissaya Barreto, e não receberam a doente porque não tinham vaga. Houve contactos com a CODU da parte do hospital e da nossa equipa, e que foi pedido para transportarem para a maternidade Daniel de Matos”, explicou o comandante Hugo Jorge à SIC.
Só cinco horas depois do início da viagem, segundo o que o comandante contou, é que a corporação conseguiu encontrar uma unidade hospitalar disponível. A mulher, com cerca de 30 anos, foi atendida já depois do meio-dia.
O INEM não confirma as cinco horas, uma vez que diz que a maternidade Daniel de Matos se disponibilizou a receber a grávida perto das nove da manhã. Garante ainda que Coimbra era mesmo a única opção.
Os hospitais mais próximos, Amadora-Sintra, Beatriz Ângelo ou Barreiro, encontravam-se já sob grande pressão”, segundo o INEM.
As restantes opções, como Caldas da Rainha ou Vila Franca de Xira, não representavam uma alternativa válida por terem comunicado ao CODU constrangimentos ou encerramento.
A Liga dos Bombeiros Portugueses alerta para a frequência destas incertezas. Todas as semanas são disponibilizados mapas com a informação das urgências no portal do Serviço Nacional de Saúde, mas podem ser alterados consoante a afluência e o número de profissionais disponíveis. O CODU tem de gerir e processar a informação. Os bombeiros esperam, agora, novas soluções.
SIC Notícias