Henrique Martins, presidente da SPMS — a entidade responsável pela Linha SNS24 —, foi afastado pelo governo de António Costa, sendo substituído pelo antigo secretário de Estado Luís Goes Pinheiro. Apesar de o mandato ter terminado no final do ano passado, o governo poderia ter optado pela recondução da equipa por mais três anos.
O conselho de administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) foi afastado pela tutela. A informação foi avançada pelo próprio presidente da entidade responsável, por exemplo, pela linha SNS24 ao jornal ‘Público’.
Segundo o responsável, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, comunicou-lhe a saída na noite desta quarta-feira, sem adiantar explicações. “Disse-me ontem à noite que. Já não estava a trabalhar no dia seguinte”, afirma Henrique Martins.
O diário adianta ainda que para além do presidente foram afastados outros dois membros do conselho de administração: Artur Mimoso e João Martins.
Ao jornal digital ‘Observador’, Henrique Martins diz ter sido “apanhado de surpresa”.
Já no início deste ano, o agora ex-presidente dos SPMS, tinha manifestado a sua oposição à verba que o orçamento do Estado destinou para aquela entidade — 21,9 milhões de euros, valor inferior aos dois anos anteriores.
Henrique Martins será substiuído por Luís Goes Pinheiro, antigo secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa que saiu do governo em outubro de 2019.
Esta substituição surge numa altura em que se contam os primeiros casos da doença Covid-19 em Portugal. O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo nove em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
Em Portugal, o Governo já publicou um despacho para garantir que os trabalhadores em quarentena por determinação de autoridade de saúde devido ao surto de Covid-19 vão receber integralmente o rendimento nos primeiros 14 dias, num regime “equiparado a doença com internamento hospitalar”.
Madremedia