Governo prevê despesa de 179 ME com conservação ferroviária e rodoviária

O Governo prevê gastar 81 milhões de euros com a conservação ferroviária e 98,1 milhões de euros com a conservação e segurança rodoviária este ano, segundo o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES).

No que respeita às obras de manutenção a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP), o documento publicado no sábado à noite no suplemento do Diário da República, depois de o Governo ter apresentado as principais medidas na quinta-feira, refere que “a despesa total prevista com a conservação ferroviária deverá atingir 81 milhões de euros em 2020”.

Este valor abrange intervenções como o “reforço das atividades de manutenção” e trabalhos de “desmatação, pelo aumento da extensão da área coberta da gestão da faixa combustível, em cumprimento da legislação relativa ao Sistema Integrado de Gestão da Floresta Contra Incêndios”.

Quanto à conservação e segurança rodoviária, o total de despesa prevista em 2020 é de 98,1 milhões de euros.

O documento detalha que a “execução da conservação corrente, alicerçada maioritariamente nos contratos de conservação corrente distritais de natureza plurianual, deverá atingir em 2020 o montante de 56 milhões de euros”, e a conservação periódica, que visa “a restituição da condição estrutural inicial da infraestrutura (grandes reparações), deverá atingir o montante de 42 milhões de euros”.

No que respeita à conservação periódica, o Governo destaca no documento as intervenções no IP3 — Nó de Penacova/Ponte Sobre o Rio Dão, no valor de 8,0 milhões de euros, no IP1, Ponte Internacional Sobre o Rio Guadiana — Substituição do Sistema de Tirantes, orçada em 3,6 milhões de euros, e na ER361 — Amiais de Cima e Alcanena, no valor de 2,5 milhões de euros.

Está também prevista uma intervenção no IC2 (EN1) — Leiria e Boa Vista Norte, no valor de 2,5 milhões de euros.

O Governo aprovou na quinta-feira o Programa de Estabilização Económica e Social, que vigorará este ano para responder à crise provocada pela pandemia da covid-19.

No documento, o executivo estima uma queda do PIB de 6,9% este ano, devido à pandemia, e prevê um crescimento de 4,3% em 2021, prevendo também uma taxa de desemprego este ano de 9,6% e de 8,7% em 2021.

O Governo vai aprovar na próxima terça-feira a proposta de revisão do Orçamento do Estado de 2020 relacionada com a covid-19 que refletirá o Programa de Estabilização Económica e Social.

Lusa