Numa altura em que o preço do azeite não pára de aumentar, escalando para níveis recorde, aumentam também as práticas fraudulentas no comércio do produto, adianta o ‘JN’ na sua edição de hoje. Na internet, prolifera a venda ilegal de garrafões, sem qualquer rótulo, que gera dúvidas quanto à origem e à qualidade.
Há embalagens de cinco litros de “azeite caseiro” com “baixa acidez” a custar pouco mais de 17 euros, com os vendedores a garantir “entrega gratuita em casa”. Mas o setor da olivicultura alerta: Os consumidores estão a “comprar gato por lebre”.
Ao ‘JN’, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, alerta os clientes a desconfiar dos produtos vendidos sem rótulo, uma vez que raramente serão “de qualidade”. “Não façam esse tipo de compras, porque estão a ser enganados”.
Também Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, diz ser preciso alertar os consumidores que estão a “comprar gato por lebre”. “Pensam que estão a poupar, mas estão a comprar o óleo mais caro que existe e que não é azeite”.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) diz que está atenta e que o setor do azeite tem sido “uma das prioridades operacionais”, devido à importância do produto na economia e no consumo do país. Já a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) adiantou que vai ser criado um canal de denúncias para este problema.
Revista de Imprensa