A funcionária do organismo de controlo de tráfego aéreo da Bolívia que alertou para irregularidades no voo da companhia aérea Lamia disse ter sido alvo de pressões.
Celia Castedo que, antes da partida do avião em que seguia a equipa de futebol brasileira do Chapecoense, questionou a circunstância de a duração estimada do voo ser igual à autonomia declarada, pediu entretanto asilo no Brasil.
Numa carta publicada esta quinta-feira pelo jornal boliviano “El Deber”, a funcionária da empresa Aeroportos e Serviços Auxiliares da Navegação Aérea (AASANA), Celia Castedo escreve que depois do acidente foi alvo de “pressões” por parte dos seus superiores.
A 29 de novembro, no dia posterior ao acidente, a funcionária diz ter sido coagida a “alterar o conteúdo do relatório” que apresentara internamente, elencando as observações sobre o plano de voo submetido pelo comandante da Lamia.
Na missiva, a funcionária da AASANA sustenta que a autorização para a realização do voo não lhe competia, nem do organismo a que pertence, mas sim à Direção Geral de Aeronáutica Civil