Fuga alucinante à GNR em carro emprestado

Uma perseguição automóvel a alta velocidade, que durou vários quilómetros, ontem, entre Esmoriz, Ovar e Rio Meão, na Feira, terminou com a detenção dos dois ocupantes de um Honda com matrícula Suíça, mas não sem que antes os fugitivos tivessem tentado abalroar uma viatura policial e, por pouco, não tenham atropelado várias pessoas.

A perseguição começou ao final da manhã, em Gondesende, Esmoriz, depois de uma patrulha da GNR ter sido alertada pelo barulho de “piões” efetuados por uma viatura ocupada por dois indivíduos, já depois de, supostamente, quase terem atropelado uma idosa naquela localidade.

A perseguição começou ao final da manhã, em Gondesende, Esmoriz, depois de uma patrulha da GNR ter sido alertada pelo barulho de “piões” efetuados por uma viatura ocupada por dois indivíduos, já depois de, supostamente, quase terem atropelado uma idosa naquela localidade.

Ao ver a patrulha, que o mandou parar, o condutor seguiu a grande velocidade em direção a Paços de Brandão. Já nesta localidade, junto ao apeadeiro dos caminhos de ferro, o duo fugitivo entrou num beco sem saída. Fizeram marcha atrás em direção à viatura da GNR que, perante a tentativa de abalroamento, foi obrigada a desviar-se, embatendo num muro.

Carro abandonado e fuga a pé

A fuga continuou em direção a Rio Meão. Nesta freguesia, a viatura seguiu para uma zona extensa de pinhal, a cerca de três quilómetros do Europarque, na Travessa de Casais de Baixo, uma rua sem saída.

“Passaram por nós a grande velocidade. O carro tinha dois homens”, contaram, ao JN, cantoneiros da Junta de Freguesia que ali trabalhavam.

Também um morador da zona diz ter visto dois indivíduos. “Um de camisola branca ia a conduzir e o pendura vestia roupa escura”, recordou. O carro foi abandonado no final da rua e os homens entraram no pinhal, a correr. Na viatura, as autoridades encontraram o respetivo livrete, mas as referências à matrícula não coincidiam. Com a pressa, os fugitivos deixaram também um telemóvel com números suíços.

Investigações posteriores dos elementos da GNR levariam à identificação do dono do automóvel, que disse ter emprestado a viatura a amigos e assumiu ter colocado as matrículas suíças, falsas, para poder circular provisoriamente em Portugal. Garantiu, no entanto, que tinha o carro devidamente legalizado.

O proprietário do carro acabaria por contactar os fugitivos que acederam a entregar-se às autoridades. Encontravam-se nas imediações do local de fuga. Foram constituídos arguidos e incorrem no crime de condução perigosa.

Fonte JN