“Costume não está em consonância com os valores da nossa marca”, considera a F1.
A Fórmula 1 anunciou esta quarta-feira que irá deixar de utilizar mulheres quer na grelha de partida da Formula 1, quer no pódio, no final das corridas, a comemorar com os pilotos, como é prática comum.
Os seus responsáveis tornaram público a sua decisão de pôr termo a essa longa prática, pelo que a medida terá já efeito no Grande Prémio da Austrália, que marca o arranque da temporada de Fórmula 1, programado para 25 de março.
“Sentimos que este costume não está em consonância com os valores da nossa marca e, claramente, com as normas sociais modernas. Não acreditamos que esta prática seja apropriada ou relevante para a Fórmula 1 e seus fãs, antigos e novos, em todo o mundo”, disse Sean Bratches, diretor-gerente de operações comerciais da F1.
Nas corridas de Fórmula 1, as mulheres vestidas de uniforme saíam da ‘grelha’ pouco antes do início da corrida, depois de se postarem à frente dos carros dos pilotos, a segurar um cartaz com o número de cada um deles, e no final colocavam-se ao lado dos vencedores no pódio.
Estas alterações no protocolo, antes e depois das corridas, aplicam-se também a outras séries de desportos motorizados, como a Fórmula 2, que decorrem nos fins de semana do Grande Prémio.
A F1 é de propriedade da Liberty Media, que concluiu a aquisição dos direitos comerciais ao antigo dono, Bernie Ecclestone, em janeiro de 2017.
A decisão da Fórmula 1 foi aplaudida pelo ‘Women’s Sport Trust’ uma instituição de caridade que procura dar mais visibilidade e fomentar o impacto do desporto feminino.
Lusa