São 300 mil euros para apoiar a investigação clínica de jovens psicólogos, psiquiatras, médicos de família, neurologistas e outros profissionais de Saúde Mental, em articulação com instituições dos Estados Unidos. O vencedor será anunciado em Março.
O júri do prémio é composto por profissionais reconhecidos nesta área, tanto em Portugal como nos Estados Unidos:
- Miguel Xavier (Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Psiquiatra no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e Professor Catedrático na Nova Medical School)
- Catarina Resende de Oliveira (Professora Catedrática na Faculdade de Medicina de Coimbra, ex-Diretora do Centro de Neurociências e Biologia Celular e Presidente da Agência para a Investigação Clínica e Inovação Biomédica)
- Margaret Lanca (Professora Assistente no Departamento de Psicologia da Harvard Medical School, Diretora de Neuropsicologia Adulta na Psychological Testing and Training de Cambridge Health Alliance e Presidente da Massachusetts Psychological Association).
Esta iniciativa conta com o reconhecimento do Ministério da Saúde, da Organização Mundial de Saúde e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Presidente da FLAD, Rita Faden: “Mais do que nunca, é importante valorizar a Saúde Mental e lutar contra o estigma a que está associada. Ao premiar projetos inovadores nesta área, queremos ajudar a promover a qualidade de vida dos pacientes e contribuir para a diminuição do impacto que as perturbações mentais têm, não só em cada pessoa, mas na sociedade.”
Marta Temido, Ministra da Saúde: “O Ministério da Saúde enaltece o sentido de oportunidade desta iniciativa da FLAD, pelo estímulo que vem dar à investigação científica portuguesa, numa área que é transversal a todos os setores da sociedade e absolutamente central na vida de cada um de nós. Dispor de resultados de investigação sobre as determinantes da Saúde Mental é um contributo decisivo para adequar as políticas, estratégias e planos de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da doença.
Por outro lado, saúda-se a possibilidade de proporcionar a jovens profissionais que trabalham no campo da Saúde Mental o desenvolvimento de linhas de investigação autónomas, estimulando o seu crescimento como clínicos e investigadores.
Esta é uma valiosa contribuição para a melhoria da saúde mental das populações, uma prioridade relativamente à qual não há mais tempo a perder no trabalho de políticos, dirigentes, clínicos e investigadores.”
Dévora Kestel, Diretora do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da Organização Mundial de Saúde: “Há demasiado tempo que a Saúde Mental tem sido negligenciada. Estou muito satisfeita por a FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento) estar a direcionar os seus recursos para um prémio de investigação focado na prevenção e tratamento clínico em Saúde Mental.”
Nada Al-Nashif, Alta-Comissária Adjunta das Nações Unidas para os Direitos Humanos: “A Saúde Mental é parte essencial do nosso bem-estar e deve estar no centro da resposta e recuperação da COVID-19. Uma abordagem com base nos Direitos Humanos requer a disponibilidade, acessibilidade e aceitação de que os serviços de Saúde Mental são uma prioridade fundamental. Como parte dos nossos esforços de recuperação, é essencial construir e investir em serviços de Saúde Mental de boa qualidade a todos os níveis para apoiar a recuperação das sociedades da pandemia, e garantir que aqueles que têm perturbações de Saúde Mental não sejam deixados para trás.”