A noite de 14 de Agosto ficou marcada na história da FRM: Ano e meio depois, os artistas deram espetáculo!
O nervoso miudinho fazia-se sentir, mesmo durante os ensaios e foi crescendo até ao momento em que músicos e maestro subiram os degraus do palco da Barrinha, cujo cenário natural embeleza as noites da Praia de Mira.
As músicas eram tocadas, ora em rítmo mais lento, ora mais rápido, mas o espetáculo propriamente dito, foi abrilhantado pelo bater dos corações que habitavam, também eles, o espaço.
Era visível o amor a arte, o querer e o desejo ardente de fazer bem. Aqueles jovens artistas espelharam, em pouco mais de uma hora, o sentimento de voltar à vida normal que todos pretendem que aconteça o quanto antes.
Naqueles olhares, naquela concentração às pautas musicais, qualquer pessoa presente conseguia perceber a urgência que todos sentem, após dois confinamentos e muitas… muitas restrições!
Quer seja na Praia de Mira, em Vagos, em Anadia, em Viseu, em Bragança ou Albufeira, os artistas vão tentando reencontrar as suas origens e suprir todas as faltas que a pandemia trouxe. Eles são exemplos de vidas suspensas que merecem ser acarinhadas por um Estado que muitas vezes lhes faltou durante este período e por uma sociedade que lhes deve o reconhecimento efetivo da falta que a arte e a cultura fazem.
Como reconhecer isso? Simplesmente, não abandonando aqueles que são, verdadeiramente, os artistas deste país!
Jornal Mira Online