As operações de remoção do arrastão que naufragou há três semanas à entrada da barra da Figueira da Foz foram suspensas esta terça-feira devido ao mau tempo e deverão continuar na quarta-feira.
Em declarações à agência Lusa, o comandante do Porto da Figueira da Foz, Silva Rocha, disse que as operações foram suspensas devido à ondulação que levou ao encerramento da barra e que impede os trabalhos naquela zona do rio Mondego, junto ao molhe sul e também no próprio molhe, onde foram instalados ganchos hidráulicos para puxar o arrastão.
Silva Rocha frisou que os ganchos “vão ser reposicionados” na quarta-feira de modo a que a embarcação seja puxada mais para perto do molhe sul, operação que decorreu, em parte, na segunda-feira, “com êxito”, frisou.
Numa segunda fase, o arrastão Olívia Ribau – que continua submerso e em posição invertida, numa zona entre os molhes sul e interior sul do rio Mondego, interdita à navegação – será rodado e posto a flutuar, prevendo-se que possa vir a ser rebocado até às instalações dos Estaleiros Navais do Mondego, a montante do local onde se encontra, para ali ser reparado, indicou.
O comandante do porto disse ainda que o local onde se encontra a embarcação afundada está sinalizado com uma boia vermelha luminosa, tendo ainda sido colocadas barreiras flutuantes em redor do navio, de modo a prevenir eventuais derrames de combustível.
No arrastão Olívia Ribau naufragado no dia 06, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima, e cinco morreram.
Entretanto, em portaria publicada em Diário da República, o ministério da Defesa, através da Autoridade Marítima Nacional, concedeu ao agente da Polícia Marítima Carlos Santos “pelo importante serviço prestado na salvação” dos dois náufragos, a medalha de Coragem, Abnegação e Humanidade, Grande Ouro.
Fonte JN