Teresa Portela qualificou-se diretamente para as meias-finais da prova de K1 200 metros, após ter sido segunda classificada na sua eliminatória. Na quarta de cinco séries no Sea Forst Waterways, Portela concluiu a prova em 42,050 segundos, a 362 milésimos da vencedora, a chinesa Mengdie Yin.
Já Fernando Pimenta, que liderou, tranquilamente, a prova de K1 1.000 metros do primeiro ao último metro, cumpriu a regata praticamente a ‘solo’, em 3.40,323 minutos, batendo o eslovaco Peter Gele, segundo classificado e também apurado diretamente para as meias-finais, por 1,808 segundos.
O atleta do Benfica, de 31 anos, foi vice-campeão olímpico em Londres2012, com Emanuel Silva, em K2 1.000 metros, e vice-campeão da Europa já este ano.
A primeira canoísta portuguesa a entrar em ação esta madrugada foi Joana Vasconcelos. Depois de não ter conseguido a qualificação direta nas eliminatórias, Vasconcelos terminou no quarto lugar dos quartos de final, em 43,379 segundos, a 1,651 segundos da canadiana Andreanne Langlois, vencedora da série, que avançou para as ‘meias’ com a chinesa Qing Ma, segunda, a 593 milésimos.
Nas eliminatórias no Sea Forest Waterways, Joana Vasconcelos tinha sido quinta classificada na sua série, com 43,059 segundos, a 1,961 segundos da vencedora, a húngara Dora Lucz.
Teresa Portela: “Gostava de ter ganho a eliminatória”
“Gostava de ter ganho a eliminatória. Tenho a noção de que não fiz a minha prova prefeita. Sou das que largo melhor e não consegui. Acontece muito na minha primeira regata, não sei porquê”, disse Teresa Portela à Lusa.
Apesar do descontentamento, a canoísta, de 33 anos, gostou particularmente do segmento da aceleração, onde habitualmente não é tão forte.
“É onde sou pior, mas foi o que gostei mais. Larguei mal, o que não estava previsto, pois costumo sair na frente, e desta vez tive de acelerar. Acabou por correr bem, mas não posso falhar pois é na largada onde costumo ter vantagem para as outras”, assumiu.
Portela preferia a “motivação acrescida” de ganhar a eliminatória, porém está “pronta” para as meias-finais de terça-feira (09:30, 01:30 em Lisboa), que se disputam exatamente duas horas antes da final.
A canoísta portuguesa diz sentir-se “bem” no Sea Forest Waterways, uma pista de água salgada e habitualmente sujeita a condições atmosféricas instáveis.
“Gosto desta pista. É diferente. Tem água salgada, mais quente do que estamos habituados. Também viemos mais cedo para o Japão para nos adaptarmos. Não percebi se é mais rápida ou lenta, mas nada a apontar”, observou.
Fernando Pimenta: “Não queria ser surpreendido”
“Entrámos a vencer e com boas sensações. A prova foi um pouco dura, com vento de frente. Tentei ser bastante regular e qualificar-me já, pois assim tenho tempo para pensar no próximo desafio”, disse à Lusa.
“Tentei fazer uma boa gestão, procurar boas sensações, que é o mais importante. Encontrei um bom ritmo e depois abrandei um pouco, pois dava para isso. Na parte final tive de estar vigilante, pois vinham rivais a disputar a segunda vaga para as meias-finais e não queria ser surpreendido”, contou.
Agora o objetivo é garantir um dos primeiros quatro lugares na sua semi-final “para estar na regata das regatas, a final das finais”, o K1 1.000 metros.
“O primeiro passo é conseguir um lugar na final e, posteriormente, é tentar descansar o melhor possível nas duas horas que distam para a final, para dar o meu máximo”, vincou.
Desvalorizou a singularidade da meia-final e final serem disputadas no mesmo dia, a primeira às 10:00 (02:00 em Lisboa) e a segunda duas horas mais tarde, às 12:20 (04:20).
“Acima de tudo, que seja um grande espetáculo desportivo. É igual para todos, pelo que acho que vai ser justo”, considerou, apesar de ser mais velho do que os seus principais rivais, com diferente capacidade de recuperação física.
Joana Vasconcelos: “É tempo de me focar no K1 500 e espero que corra melhor”
“Não fiquei muito feliz, pois queremos sempre mais. Fiz uma falsa largada e isso condicionou-me na segunda partida, onde não arrisquei tanto. Ficaria contente se fosse mais além, porém agora é tempo de me focar no K1 500 e espero que corra melhor”, disse Joana Vasconcelos, à Lusa.
Na prova de K1 500 metros, Joana Vasconcelos tem a ambição de atingir “uma das finais”, depois de ter sido a derradeira atleta no mundo a garantir a vaga, em maio, na Sibéria.
“Fui a última a agarrar um lugar em Tóquio2020, pelo que tudo o que conseguir melhorar vai ser bom. Estou muito feliz por fazer parte da nossa equipa de canoagem e vou dar o máximo no que me resta de competição”, acrescentou, assumindo que esta tem sido uma “época dura”.
A atleta deixou ainda elogios ao Sea Forest Waterways, “uma pista bonita”, para a qual a seleção de canoagem está “bem adaptada”, após o estágio de oito dias em Kyotango.
Fonte e Imagem: Lusa